Maratona de Cirurgias vai zerar fila de 2.500 pacientes até novembro

Primeiros municípios que vão receber a ação são Delmiro Gouveia e Santana do Ipanema, com início já na terça-feira (21)

O Governo de Alagoas inicia mais uma importante etapa para a Rede de Atenção Hospitalar, com o lançamento da “Maratona das Cirurgias”. Em entrevista coletiva no Palácio República dos Palmares, nesta quinta-feira (16), o governador Paulo Dantas anunciou a oferta de 2.500 cirurgias, entre procedimentos oftalmológicos, geral, ortopédico, ginecológico e urológico, dentre outras especialidades para o segundo semestre deste ano.

A Maratona de Cirurgias é uma ação inspirada no Opera Alagoas, que foi um exitoso projeto e que precisou ser paralisado devido ao avanço da pandemia da Covid-19, em 2020. Para tanto, serão utilizados os seis novos hospitais de Alagoas e as clínicas da família inauguradas no Jacintinho e no Benedito Bentes.

“Essa demanda reprimida que foi levantada foi repassada pelos municípios que apontaram a necessidade de, aproximadamente, 2.500 cirurgias. Nós vamos atender imediatamente. Vamos iniciar na próxima semana, com data estabelecida, com previsibilidade, objetividade. Vou coordenar isso para que essas cirurgias sejam feitas e que a população seja atendida da melhor maneira. Isso não significa que só vamos atender essas 2.500 pessoas. Quem tiver problema de saúde, necessidade de consulta, exame, cirurgia, procure a rede pública estadual que nós vamos dar a melhor assistência e vamos garantir a melhor prestação de serviço ao alagoano”, disse o governador Paulo Dantas.

Para colocar essa fila em dia, o sistema de saúde estadual levaria cerca de dois anos. Mas a meta do Governo é zerá-la até novembro. Os hospitais públicos vão começar o mutirão já neste mês de junho. Os primeiros municípios que devem receber a ação são Delmiro Gouveia e Santana do Ipanema, no Alto Sertão, com início já na terça-feira (21) da próxima semana. As cirurgias ocorrerão de norte a sul do Estado e serão ofertadas em todas as redes hospitalares da rede própria e, também, hospitais referenciados. A medida visa suprir a demanda dos procedimentos represados na rede estadual por causa da pandemia do coronavírus nos últimos anos.

“Nós estamos aptos a realizar as cirurgias nos mesmos locais das triagens. Vamos deixar o paciente próximo de sua localidade. As triagens servirão também para termos uma base das pessoas que vão precisar de exames e cirurgias. A previsão é que iremos ter mais de 500 pessoas por dia sendo atendidas nesse mutirão”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda.

Paulo Dantas pontuou que o Governo de Alagoas teve a condição de construir seis novos hospitais e 10 Upas, o que vai facilitar na realização do mutirão. “Estamos concluindo o Hospital do Coração, ampliando nossa rede em Arapiraca, por meio do Metropolitano de Arapiraca, e ainda um hospital muito importante em Palmeira dos Índios. Vocês podem ter certeza e tranquilidade que o Estado está preparado fiscalmente para isso. Esses equipamentos foram importantes na pandemia e serão agora em levarmos saúde com qualidade”.

Durante o atendimento do paciente cirúrgico serão disponibilizadas também consultas especializadas. A previsão é de que cada paciente tenha, em média, três consultas, como as pré-cirúrgicas, pós-cirúrgicas, consulta cardiológica e anestésica, além de exames complementares, como os laboratoriais, ressonância, dentre outros.

A ação ocorre em parceria entre o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde, junto às Secretarias Municipais de Saúde dos 102 municípios alagoanos, as unidades hospitalares estaduais e referenciadas.

De acordo com a secretária executiva de Ações de Saúde, Geonice Peixoto, a realização de cirurgias ficou prejudicada em 2020 devido à pandemia, mas a realização do mutirão deverá suprir essas demandas.

“Decidimos iniciar por Santana do Ipanema e Delmiro Gouveia porque, quando íamos para essas cidades realizar os mutirões, as ações foram canceladas em fevereiro de 2020. Estamos retomando de onde foi paralisado”, explicou Geonice Peixoto.

A rede que será utilizada é formada pelo Hospital Metropolitano e Hospital da Mulher, ambos em Maceió; Hospital Regional da Mata, em União dos Palmares; Hospital Regional do Norte, em Porto Calvo; Hospital Regional do Alto Sertão, em Delmiro Gouveia; e Hospital Clodolfo Rodrigues, em Santana do Ipanema.

 

Carlos Victor Costa

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