Saúde lança cartilha sobre violência obstétrica durante seminário


Material educativo traz como temática “Diga não! Cartilha contra a violência obstétrica”; evento contou com palestras sobre o combate à violência contra a mulher

Seminário aborda combate à violência contra a mulher. 
Com o objetivo de capacitar profissionais de saúde e do sistema prisional, a coordenação técnica de Saúde da Mulher e Rede Cegonha da Secretaria de Saúde de Maceió, realizou nesta terça-feira (22), um seminário sobre violência contra a mulher.

O encontro, que ocorreu no auditório da Polícia Federal (Jaraguá), além de abordar os mais diversos tipos de violência sofridas pelas mulheres, lançou uma cartilha sobre violência obstétrica, que será distribuída como material educativo nas unidades de saúde do Município.

A secretária interina de saúde de Maceió, Bruna Monteiro, destacou durante o evento que é preciso lutar contra os mais diversos tipos de violência sofridas pelas mulheres. “O combate à violência parte da educação, dentro de casa, nas unidades de saúde, nos mais diversos espaços e ter esse momento de conscientização e com o lançamento do material educativo nos ajuda a atingir nosso objetivo, que é ensinar às mulheres quais seus direitos e como elas podem lutar por eles”, ressaltou.

Roberta Borges, subsecretária de Atenção à Saúde, reforçou que os profissionais de saúde possuem grande responsabilidade no combate à violência e no auxílio às mulheres que sofrem com tal prática. “Muitas vezes, as mulheres não têm com quem contar, a quem pedir ajuda e a unidade de saúde é porta de entrada para o acolhimento que elas precisam, pois elas criam vínculos, compartilham angústias com os profissionais que lá estão, então precisamos nos capacitar e saber como abordar esse assunto em nosso cotidiano”, explicou.

A palestra ficou por conta da sargento da Polícia Militar de Alagoas, Carla Gusmão e do soldado Carlos Henrique, representantes da Patrulha Maria da Penha. Os profissionais falaram sobre a Lei Maria da Penha, a atuação da patrulha nos casos de violência doméstica e como os serviços de saúde podem estar integrados às forças de segurança para combater práticas violentas contra as mulheres.

Sobre a cartilha

Suzângela Mendonça, coordenadora técnica de Saúde da Mulher e Rede Cegonha, enfatizou que o trabalho de combate à violência deve ser diário, mas durante esse mês, no Agosto Lilás, essas ações são intensificadas nos serviços de saúde.

“As violências que as mulheres passam são as mais diversas, mas lançamos esse material educativo com foco na violência obstétrica, que é a violência que ocorre durante a gestação, parto e pós-parto, por conta da nossa área de atuação. Nosso objetivo é colaborar com a prevenção sobre a temática e informar às mulheres para que elas saibam identificar casos de violência e poder lutar por seus direitos. Esse é um recurso muito importante para a promoção de educação em saúde e conscientização sobre a violência”, afirmou.

A cartilha traz informações sobre o que é a violência obstétrica, quais os casos de violência na gestação, como negar atendimentos, sofrer humilhações ou negligências no atendimento; no parto e pós-parto, como a peregrinação por leitos, negar presença de acompanhantes, negar anestesia, dificultar o aleitamento materno; e no abortamento, como discriminação, realização de procedimentos invasivos, entre outras práticas.

Importância do tema

A violência contra a mulher é uma das principais formas de violação de Direitos Humanos na atualidade, em todo o mundo. Pode acometer mulheres em diferentes faixas etárias, econômicas, étnicas e geográficas.

Assim como as demais formas de violência, agressões contra a mulher sobrecarrega os sistemas de saúde de diversos países, por comumente gerar danos permanentes à integridade física e à saúde mental da vítima, resultando na necessidade de tratamento continuado nos serviços de saúde.

Fonte: Ascom SMS

 

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