E foi aí que a tarde começou a amorenar rapidamente, eu a passear sozinho quase não percebia o passar das horas e que diante de mim já iniciava a noite, de repente começou a descortinar no infinito mar um clarão da lua, que cuidadosamente se levantava devagarinho, buscando entre as nuvens iluminar cada cantinho com sua luminosidade. De repente as arvores ficaram menos revoltantes e o mar acalmado, as embarcações balançavam ritmicamente como um bailar e o vento ressoava em calmaria. Todo os acordes devidos não seguiriam tal entonações de momento, vez que a lua descortinando junto com o mar, nos brindava um belíssimo espetáculo livre, sem bilheteria nem ingresso e que seguiam ladeados harmonicamente como um casal sonhador. Que se doavam em cumplicidades de uma leveza quase imperceptíveis aos nossos olhos, transformando amistosamente jovens e adultos que eram espectadores desse lindo cenário, também em sonhadores casais.
Valter Lima
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