Deixa-me despi desse segredo louco, Que me aflora a alma e minha boca faz calar, Fazer com vagar a leitura de seus beijos, E que o enovelar em seu corpo se mostre carentes na forma de amar, Que cada um se respeite e se aceitem, Retirem a máscara, se façam inocentes, Que sejamos cúmplices e jamais …
Que amor é esse que tu mostra, deixando aturdido a mim e aos outros reflexo de um ciúme as claras, não quero perder esse jogo de olhar desejoso quando cruzamos por caminhos que nos faz revelar um desejo contrito. Somos culpados desses momentos, onde deixamos escorrer entre dúvidas e ilusões e sem querer nos tornamos …
Querer te ver em cada canto que eu esteja seria de um prazer imensurável, te olhar de forma mesquinha sem poder abrir um leque, onde a dimensão de seu sorriso me deixa prisioneiro, sem armadilha nem grades e por mais que tente te tocar, meus braços tornam inatingíveis aos seus, mãos sinalizam em gestos cautelosos …
Uma vítima que paga por ser de cor, um desejo mesclado com sabor, onde o doce e amargo faz balancear de tal forma que chegamos a pensar onde deixei cair um ranço impróprio, aos olhos desejosos imaturos. Convergências sem graças, sentimentos negados, preços sem valores definidos, ilusões que sequencia a cada despertar, onde seu modelar raivoso …
Uma corda uma amarra um suporte, que não conseguem prender as paixões incontidas, flertes momentâneos as barreiras que se nivelam aos choros que divagam num rosto sombrio, com marcas sem retoques, brilhos marejados fagulhas de luz incandescentes, retratos triturados aos montes acumulam aos cantos. Qualquer ruido já não torna barulhento, sai do espaço vazio impreenchível …
Não é exagero de mim te ver presente em fases distantes, querer tocar em algo e ver se perder entre os meus dedos, devanear em sonhos inacabados e sentir refém de um medo de decisões longinquas. Ser doce e amargo ao mesmo tempo, como forma de temperar aquilo que amorna durante as noites de frios …
Que silueta certa dessa moça, tudo perfeito no lugar determinado, não se vê mais ou menos tudo nos conformes, entranhas e saliencias moduladas resquício de lindeza, uma jóia a debutar nas vias empueiradas de minha cidade. Cada passear causava um desviar de olhares dos machos e as mulheres faziam trejeitos de reprovação, buscando esconder uma …
Sem querer despir de sua beleza a medusa se esconde em uma carapaça, conseguindo despistar do mais rápido predador que amistosamente vez por outra a vem cortejar, como guardar em um pequenino involucro tantas riquezas históricas, perfumes naturais, joias de raro valor e vestimentas que brilham sem perder a originalidade estética. Vai sai dessa redoma …
São milhares de verso feitos, de escritas finíssimas que chegam a conquistar até as mais rudes das rudes damas da noite, querer seduzir com proposta mal versejada não é sinônimo de sapiência, mas eu diria é simplesmente um desacordo de sabedoria profunda, querendo engolir prazerosamente de forma procaz, buscando alienar o indivíduo despreparado que chega …
Amanheceu, sol soltando seu brilho em toda a imensidão, na praia areia crespa do terrar já começa a aquecer, o mar pairando em leves balanços, beija a areia com suas ondas em rítmico bailar bem cadenciado, gaivotas em revoada cinge o céu azul contornado num pedacinho de vegetações de manguezais e coqueiros, vindo a emoldurar …