Paulo Dantas inaugura Escola Estadual Indígena Suraconã, em Traipu


Unidade educacional vai atender 600 alunos e contou com R$ 4,2 milhões em investimento

O Governo de Alagoas tem ampliado a oferta de ensino fundamental e médio em terras indígenas estaduais. Na tarde desta quarta-feira (20), o governador Paulo Dantas inaugurou a Escola Estadual Indígena José Saraiva Irmão Suraconã, em Traipu. Essa é a quarta unidade entregue neste ano direcionada aos povos originários. Nos quatro equipamentos, que acolhem cerca de dois mil estudantes indígenas, foram investidos R$ 14,5 milhões do Tesouro Estadual.

 

Paulo voltou a afirmar que a educação tem sido prioridade no Governo. “Nós investimos na primeira infância, no ensino fundamental e médio e também no ensino superior. Assim como também investimos na educação indígena e quilombola. Vale destacar ainda a valorização dos profissionais da educação, através de bonificações. Quanto à infraestrutura, nossa meta é construir 57 escolas por meio do programa Escola do Coração”, destacou.

 

A secretária de Estado da Educação, Roseane Vasconcelos, disse que a política de implementação de escolas de educação indígena observam a territorialidade de cada povo, diversidade ética, além da língua materna de cada comunidade. “Nós vamos contratar, por meio de processo seletivo seriado, professores oriundos da tribo Aconã. Além disso, nós vamos disponibilizar cursos de preparação de professores de educação indígena”, disse.

O prefeito de Traipu, Lucas Santos, ressaltou a importância da infraestrutura da escola. “Os povos indígenas Aconã contam agora com uma infraestrutura adequada que respeita e valoriza a cultura dos antepassados deles e as práticas socioculturais e a língua materna”, disse.

 

O reitor da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), Odilon Máximo, disse que estão sendo formados 210 professores de educação indígena no curso de Licenciatura, voltado aos povos originários. “O governo estadual tem priorizado a educação. No campo universitário, o governo fará o maior concurso para contratação de professores, com abertura de 127 vagas, bem como serão abertos três novas unidades – uma em Arapiraca, outra em Palmeira dos Índios e a terceira em São Miguel”, destacou.

 

O cacique Djalma Saraiva, filho do homenageado que dá nome à escola, lembrou que, no passado, as aulas eram ministradas à sombra de árvores. “Esse instrumento fortalece nossa cultura e também reconhece a luta de meio pai, que há 20 anos buscou construir uma escola de educação indígena em nossa terra. Hoje, portanto, é um dia histórico para nossa história indígena”, destacou. O corpo do cacique José Saraiva Irmão Suraconã está enterrado em uma oca erguida em uma área da escola indígena.

A escola garantirá ainda que os jovens indígenas não se desloquem  até a zona urbana de Traipu ou São Brás e Porto Real do Colégio. No passado, os indígenas da Aconã chegaram a estudar, inclusive, em escolas de Lagoa Comprida e Bom Jardim, ambos municípios pernambucanos.

Participaram da solenidade a primeira-dama, médica Júlia Britto; a secretária da Primeira Infância, Caroline Leite; a vice-reitora da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Eliane Cavalcante; o reitor da Universidade Rural de Pernambuco (UFRPE), Airton Melo, e o coordenador estadual da FUNAI, Cícero Albuquerque.

Fonte: Agência Alagoas

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