Projetos científicos de estudantes de Alagoas são finalistas na maior Feira de Inovação do Brasil


Três deles são apoiados pelo Governo de Alagoas, por meio da Secti e da Fapeal, com bolsas do edital Pibic Júnior

Cinco projetos científicos de alunos do ensino médio de Alagoas foram selecionados como finalistas para a maior feira de inovação do Brasil, a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia – Febrace 2024. Nesta quinta-feira (8), a Secretaria de Estado da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (Secti) recebeu, junto à Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (Fapeal), os grupos que são apoiados pelo Governo de Alagoas com bolsas de iniciação científica do Pibic Júnior, que são três entre os cinco.

Os projetos apresentados no encontro são de alunos da Unidade Integrada Sesi/Senai Carlos Guido Ferrario Lobo (Ebep – Maceió), com o Filapet, que utiliza pet reciclado para fazer filamentos sustentáveis e acessíveis para impressão 3D; do Instituto Federal de Alagoas (Ifal – Campus Arapiraca), com um projeto de impressão 3D e corte a laser para produzir kits de robótica educacional mesclando a internet das coisas; e da Escola Estadual Benedito de Castro Lima (Maceió), com um projeto de produção de papel a partir do bagaço de cana-de-açúcar. Eles já foram destaque em diversas maratonas de inovação e no evento Trakto Show.

Durante o encontro, o secretário Silvio Bulhões apontou a importância dos investimentos em ciência e inovação que o Governo vem empreendendo e que ainda vai empreender nos próximos meses, com bolsas também para os docentes, que atuam com mestrado e/ou doutorado em mais de 70% dos cargos.

“A iniciação científica é uma das ações que mais nos movem, que mais nos empolgam e geram expectativas de resultados que são concretizados nesse momento em que vocês vêm aqui, empolgados para apresentar não só os projetos já construídos e premiados, mas também todo o processo científico de estudo, prototipação e compartilhamento. Nós lutamos muito para conseguir lançar esse volume nunca visto de mil bolsas, propiciados desde o ano passado pelo Mais Ciência, Mais Futuro, e seguiremos trabalhando para conseguir criar ainda mais e ofertar cada vez mais oportunidades para outras pessoas que puderem participar também desse processo. Desde o começo eu dizia que esses editais dariam mais resultado, porque a gente está tratando na base, num método de induzir a familiarização com a pesquisa científica nos nossos jovens, permitindo que eles abram um caminho cheio de novas possibilidades”, encerrou Silvio.

Já o diretor-presidente da Fapeal, Fábio Guedes, relembrou as dificuldades de se produzir ciência no Estado, e no país como um todo, nos últimos anos, e como isso mudou com o lançamento do maior programa da área em Alagoas: o Mais Ciência, Mais Futuro, uma vez que o pensar científico nasce pela percepção de dúvidas e problemas.

“É para suprir esse propósito que fomentamos esses projetos de iniciação científica, para introduzir os estudantes num mundo maravilhoso das perguntas, um mundo que é muito promissor, um mundo profissional importante. Porque, durante muito tempo, a educação básica foi relegada, vista como segundo plano, dificultando a prática da ciência, de forma mais estruturada. Muitas vezes, antes, os professores lutavam com os próprios recursos para fazer isso, já que tínhamos baixa disponibilidade de bolsas. Até que ano passado nós elevamos os números para mil bolsas disponíveis, um número que precisamos aumentar ainda mais para alcançar o tamanho da nossa rede pública. Porque sem esse apoio do Estado nada consegue ir para frente. Especialmente a ciência”, afirmou Fábio.

A estudante Bruna Alves, da Escola Estadual Benedito de Castro Lima, ressaltou a importância desse apoio para que eles consigam avançar nas suas pesquisas e fazer algo de qualidade. “É muito importante esse apoio que o Governo nos proporciona. A gente só tem a agradecer por isso e mostrar o quanto essa democratização da ciência é fundamental para a geração de novos conhecimentos e para o desenvolvimento social”, disse.

Estiveram presentes também no encontro o Diretor Científico da Fapeal, professor João Vicente, e Ábia Martin, colaboradora da Fapeal responsável pelo Pibic Jr.

Atuação – O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), que atua em escala estadual e federal, tem como finalidade fomentar uma abordagem científica entre os futuros graduandos, estimulando-os a iniciar pesquisas em diversas disciplinas como uma forma de encorajamento para o desenvolvimento de novos talentos. O Pibic Júnior Alagoas se desenvolve em algumas trilhas do conhecimento: Iniciação à Ciência e à Tecnologia, Inovação e Empreendedorismo, Iniciação às Artes, à Cultura Popular e à Economia Criativa e Olímpiadas do Conhecimento. Abordando desde a área Multidisciplinar até as Ciências Exatas e da Terra, Sociais Aplicadas, Linguística, Letras e Artes, Ciências Humanas, Biológicas, Agrárias, da Saúde e Engenharias espalhados em mais de 60 municípios do estado.

Fonte: Agência Alagoas

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