CREPÚSCULO


E quando o açoite da noite me bate em descanso,
Energizo-me e começo descrever algo vivido
Ondas que passaram, mas que voltam repentinas.
Umas fracas que deslizam lentamente
Outras fortes, que acariciam a praia.
De forma cordeira beijam e recuam como deusas,
Desnudam ao encontrar o leito
E que o acariciar não o faz de vencida,
Que esse breve açoitar dispensa arquiteturas
Desenham entre si,
Se fundem e dispersam
Escondem e vezes afloram,
Ricocheteiam em ríspidos arrecifes,
Como se descrevesse histórias.
Moldam-se em sintonia,
E quando o calar do terral que o bate
O fizer descortinar o sol,
Já alvoreceu e o azul do céu o fez clarear.

 

Valter Lima

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