BRASIL: “DEITADO ETERNAMENTE EM BERÇO ESPLÊNDIDO”


Chocante! Foi o melhor termo que veio à cabeça para se referir ao atual cenário social, econômico, religioso, político e institucional! E nada mais adequado do que recorrer à letra do Hino Nacional: BRASIL: “DEITADO ETERNAMENTE EM BERÇO ESPLÊNDIDO”! O caos se instalou e a sociedade brasileira encontra-se em estado de coma profundo ou obnubilada!

Caos social! Milhões e milhões de desempregados somando-se a cada dia pelas cifras anunciadas pelo IBGE, acumulando-se aos milhões de moradores de rua, aos milhões de sem terra, sem educação, sem saúde e, consequentemente, sem esperança.

A economia, com a instalação do neoliberalismo como a única e exclusiva doutrina, fundada e alimentada na Escola de Chicago, o país afundou. O patrimônio público vendido por valores ínfimos para o capital internacional, ou como dizia-se antigamente, “a preço de banana” – mas nem isso pode-se de dizer, visto que o preço da banana estourou nas feiras e nos mercados! -, e com isso, a economia entrou em colapso, empresas brasileiras quebrando e micro e pequenas empresas fechando as portas, deixando como única alternativa o mercado informal.

No campo religioso, parcelas significativas das denominações cristãs estão alinhadas ao neoliberalismo, leia-se A ética protestante e o espírito do capitalismo, Max Weber, enquanto que outras foram cooptadas pelo discurso conservador e moralista, com base neopentecostal evangélica e católica. O próprio Jesus Cristo não os reconheceria na sua pregação do Reino de Deus escrito nos Evangelhos. Os verdadeiros profetas desapareceram!

Na seara política, instalou-se o marasmo envergonhado do establishment por alguns e, por outros, o comprometimento consentido e alinhado com a retórica discursiva em defesa do caos, restando algumas vozes dissonantes e incapazes de articular um projeto alternativo de sociedade. Como entender o silêncio político diante do aprofundamento da crise econômica e da vergonhosa incapacidade do presidencial, dos milhões de desempregados, dos milhões de moradores de rua e de quase 100 mil mortes de brasileiros pela pandemia?!

E as instituições da República? Para começar, a voz do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia diante do quadro escrito acima declarou não existir crime! E o Senado? E a Procuradoria Geral da República (PGR)? E o Supremo Tribunal Federal (STF)? Onde estão?

E a maioria da população, onde está? A resposta fica para reflexão e, quem sabe um dia, quando despertar, agir em defesa da cidadania!

 

Jorge Vieira – Jornalista

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