ACALANTAR


Um banco escuro que se mostra envelhecido no canto da sala, ao lado cadeiras com balanços que ritmicamente não paravam de ir e vim como gangorra no parque de diversão, sempre tinha alguém que se encostava já anunciando que outro saísse e então pudesse também sentar e balançar. Cenas repetidas crianças rindo as soltas na sala da choupana de velhos hábitos, de rígidos ensinamentos e também de grandes respeitos por todos e por tudo, ninguém atreveria em passar entres os mais velhos em conversas sem pedir licença ou permissão dada. Aquelas noites enluaradas de céu pontilhado de estrelas servia de acalanto e sonhos onde muitos ficavam a contemplar o infinito, desenhavam figuras entre estrelas formando ilusoriamente imagens em constelações imaginárias. Fogueira acesa no terreiro aquecia os corpos na madrugada fria regada com pequenas doses de licor de jenipapo, colhido ali mesmo no campo fértil e o arborizar tornava toda área sombreada com suas fruteiras sempre renovando em variadas qualidade e quantidade o ano inteiro.

 

 

Valter Lima

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