Sua serenidade de esbravejar sorrindo, de cuspir na farta ceia exposta e oferecida, sendo cumplice audaz e dominador, acovardado entre mundanas desnudadas em boates ou prostíbulos fétidos, tal qual sua mente neurótica que não acham espaço para se locupletar ainda mais da miséria daqueles menos favorecidos. Que não sabem reconhecer o sentido nem o valor de fazer valer o voto que recebe, onde transforma homens públicos em vermes trituradores, que chegam esbanjando sorriso entre boca, em situações grotescas e as vezes mostra-se bonzinhos, mas regurgitam assim que chegam em suas casas e mansões. Riem com desprezo daqueles que levantaram bandeiras, correram para lá e para cá, sentem indomável, sua sanha de maldade te enche de orgulho e seu desprezo um aliado que tu carregas um fardo longo e pesado. Quando bater a realidade e você sentir vazio e só olhar ao seu redor e ver apenas uma cadeira almofadada, uma garrafa com água para beber, cigarro, caneta e papel. Daí por diante buscarás reescrever percursos percorridos, trilhas contornadas, histórias vivenciadas, mas não vividas devidos um orgulho latente que te acometia. E tu por maldade ou por desprezo sempre ria de tudo e de todos, mesmo sabendo que por mais que tenha, sua riqueza maior é a liberdade e companheirismo daquele que tu via com diferença.
Valter Lima.
Sem Comentário