O Impeachment – Setembro, 1957, Sexta-feira 13, último filme de Pedro da Rocha, estreia dia 8 de agosto, no Teatro Deodoro


Produção foi contemplada com o IV Prêmio de Incentivo à Produção Audiovisual em Alagoas, do Governo de Alagoas

O Teatro Deodoro será palco da estreia do último documentário de Pedro da Rocha, renomado cineasta alagoano. Intitulado “O Impeachment – Setembro, 1957, Sexta-feira 13”, o filme é uma produção contemplada com o IV Prêmio de Incentivo à Produção Audiovisual em Alagoas, lançado pelo Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult). O evento está marcado para o dia 8 de agosto, às 19h40, com entrada gratuita.

A obra aborda um momento crucial na história política de Alagoas: o impeachment de Muniz Falcão e a sangrenta luta ocorrida na Praça Dom Pedro II, no Centro, que ficou marcada como um dos episódios mais violentos da política local. O documentário oferece uma oportunidade para refletir sobre as origens da violência política e entender as raízes de um dos celeiros políticos mais truculentos do país.

O filme foi idealizado por Pedro da Rocha, que infelizmente nos deixou em 2021, aos 64 anos, vítima de complicações da Covid-19. O cineasta, nascido em 1957 em Junqueiro, no agreste alagoano, dedicou sua vida ao audiovisual e se tornou uma figura de extrema importância no cenário do cinema do estado. Com mais de 20 produções audiovisuais em seu currículo, incluindo documentários e ficções, Pedro da Rocha deixou um legado artístico inestimável.

Para honrar a visão e o compromisso de Pedro, o publicitário e jornalista Léo Villanova, assistente de direção do filme, assumiu a responsabilidade de finalizar a produção. Léo revelou que há mais de duas décadas se dedicava a estudar a história do impeachment de Muniz Falcão, acumulando material para contá-la em forma de quadrinhos. Assim, ele se empenhou em ser fiel à visão original de Pedro, preservando a relevância do personagem Muniz Falcão na política do estado e contribuindo para que o filme seja uma obra fundamental na carreira do cineasta.

“Minha participação no projeto é fruto de interesse pelo mesmo assunto, pois também me debruço sobre essa história há mais de duas décadas, reunindo material para contar o episódio do impeachment de Muniz através dos quadrinhos. Agora, meu compromisso principal foi o de ser estritamente fiel à visão do Pedro de como essa história deveria ser trazida à luz, bem como o resgate que ele pretendia dar ao personagem Muniz Falcão e sua devida relevância na política do estado. Investi todo meu esforço para que o público receba esse filme de Pedro da Rocha como ele o imaginou, contribuindo para que seja, de fato, uma obra fundamental em sua carreira”, conclui.

“O apoio da Secult foi fundamental para essa obra única, que nos convida a compreender a história política de Alagoas. O lançamento do telefilme é uma bela e merecida homenagem ao talentoso Pedro da Rocha. Sua dedicação à arte e seu legado são verdadeiramente inestimáveis para a cultura do nosso estado. Espero sinceramente que todos os espectadores se emocionem e reconheçam a importância desta produção, pois ela enriquece significativamente nosso conhecimento sobre o passado político local.”, destacou a secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa, Mellina Freitas.

Pedro da Rocha

Pedro da Rocha nasceu no ano de 1957 em Junqueiro, cidade do agreste alagoano. Em 1979 se mudou para Maceió, onde ingressou no movimento estudantil e teve contato com eventos culturais que o motivaram a se dedicar às artes, em especial ao cinema.

Em 1998 concorreu na I Mostra Alagoana de Vídeos com o documentário Em Nome do Pai, do Filho e da Folia. Daí por diante, Pedro se tornou figura da maior importância no audiovisual do estado. Presidiu em Alagoas a Associação Brasileira de Documentaristas. Dirigiu mais de 20 produções audiovisuais entre documentários e ficções como: Trama da Memória, Urdidura do Tempo, A Risonha Morte de Tião das Vacas, Sol Encarnado, Desalmada e Atrevida, O Mar de Corisco e O Comendador do Povo.

Pedro revelou que “O Impeachment” era o filme de sua vida. Um trabalho que sempre desejou realizar e nele pretendia deixar firme seu posicionamento sobre a violência política em Alagoas. Infelizmente, em decorrência da pandemia de Covid-19, o cineasta teve que cancelar as filmagens do projeto e em 2021, aos 64 anos, faleceu em decorrência de complicações de Covid-19.

Fonte: Agência Alagoas

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