NASCENTE


No alto da montanha em que o vento assovia o terral nevoa chegando encobri durante a noite toda a imensidão rochosa, onde insetos e animais diversas se abrigam e também se alimentam de tudo aquilo que o serve na cadeia alimentar, suas presas por mais que estejam escondidas têm aquele momento de caçar e também ser caçado. E quando o sol de mansinho começa e despontar crespando a terra morna e molhada, suas garras começa a mostrar diversas vegetações diferentes de outra origem, mas que se adequam da mesma forma das plantas nativas. É quando a manhã sorrateira começa a desfazer toda aquela brancura, dando um colorido diferente, porém, com a mesma intensidade de beleza surgindo envolta entres casquilhos e pedregulhos pequenas gotículas de água fresca e cristalina, que jorra do alto a escorrer entre todas essas composições vegetais e animais. Dando vida aflorando em cada cantinho que passe deixa sua marca positiva, desde o nascer até o seu desaguar seja no leito de um riacho ou em uma área de vegetação nativa. Não tem como impedir a sua passagem, mesmo que o trajeto seja de aclive ou declive e tendo que enfrentar muitas armadilhas. Sua força proporciona um ultrapassar ordeiro sem deixar que nada o impeça e que seu percorrer, seja um condutor de beleza indiscutível podendo saciar várias espécies que metamorfoseiam de forma precoce e repentina e que floresce de tal maneira que o brilho é apenas algo a mais.

 

 

Valter Lima.

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