P ara mobilizar a população para o combate ao mosquito Aedes aegypti, o Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira (12) uma campanha publicitária com o tema: “E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa por você”.
A campanha reforça a necessidade de combater os criadouros do mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, zika e chikungunya, com a chegada do período chuvoso. A peça publicitária será veiculada na televisão, no rádio, na internet e em outros meios de comunicação.
Esse ano o lançamento da campanha foi antecipado para setembro para manter a mobilização nacional durante todo o ano. Em anos anteriores, a ação começava a partir de novembro, período de chuva e calor em quase todo o país, portanto, com maior incidência das doenças.
“O começo em setembro é o correto. Estamos chamando a atenção da população: olha, o período de chuvas vem ai. É diferente de dizer que choveu e sua cidade já está com índice [de casos de doenças]”, disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Com a antecipação, o Ministério da Saúde mobiliza os gestores locais para adiantarem as ações estratégicas no combate ao mosquito.
O ministro da Saúde lembrou que a sociedade é parte fundamental para a prevenção da dengue, zika e chikungunya. Segundo ele, o combate ao mosquito transmissor é uma questão de ação e atitude da população de não permitir condições favoráveis para se formarem criadouros do Aedes aegypti.
“Temos mais um verão pra gente não abaixar a guarda. É uma questão de atitude. A campanha é toda voltada para a atitude, para o quê você pode fazer, está do lado da sua casa ou do seu ambiente de trabalho”, disse Mandetta.
No Distrito Federal, que está entre as unidades da federação com mais casos de dengue, a chefe do núcleo e agente de vigilância ambiental, Aline Rubem, contou que as inspeções nas casas para evitar focos do mosquito acontecem durante todo o ano e no período que antecede as chuvas já se intensifica a orientação para que os moradores tenham atenção redobrada.
“Orientamos que antes da época de chuva o morador venha prevenir os futuros agravos. Com simples cuidados do dia a dia podemos salvar vidas. E se a pessoa puder tirar cinco minutinhos durante o fim de semana e fazer uma inspeção, vedar ralos, jogar lixo fora, não deixar piscinas sem tratamento e caixas de água destampadas”, disse.
E quem mora em apartamento não está livre do risco de manter criadouros do mosquito. A agente Aline Rubem alertou para o cuidado com plantas que ficam nas sacadas e com os sanitários e ralos de banheiros pouco usados que ficam na área de serviço.
A aposentada de Brasília, Luzia Rodrigues, recebeu os agentes da fiscalização para fazer uma inspeção na sua casa e não foram encontrados focos do mosquito. Ela contou que na região há um cuidado conjunto entre os vizinhos, principalmente após a morte de um jovem de 23 anos por dengue em uma quadra próxima. “Temos que tomar muito cuidado porque essa doença está pegando muita gente. Acho muito importante esse trabalho do governo de educar as pessoas”, afirmou.
Casos de dengue, zika vírus e chikungunya
De janeiro a 24 de agosto de 2019 foram registrados 1.439.471 casos de dengue no país, um aumento de 599,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde nesta semana.
Neste ano foram confirmadas 591 mortes em decorrência da doença. Minas Gerais é o estado com maior incidência de dengue, seguido por Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
Os casos de zika tiveram aumento de 47,1% este ano registrando 9.813 casos. Em 2018, foram 6.669. Neste ano, foram confirmados duas mortes por zika. Em relação à chikungunya, os casos chegaram a 110.627 no período analisado. No ano passado foram 76.742. Em 2019 foram confirmados laboratorialmente 57 mortes decorrentes da doença.
Prevenção
A população é parte fundamental para evitar a reprodução e proliferação do mosquito Aedes aegypti. Então é importante verificar se existe algum tipo de depósito de água no quintal ou dentro de casa. Uma vez por semana, lavar com água, sabão e esfregar com escova os pequenos depósitos móveis, como vasilha de água do animal de estimação e vasos de plantas.
Além disso, é preciso descartar o lixo em local adequado, não acumular no quintal ou jogar em praças e terrenos baldios. Limpar as calhas, retirando as folhas que se acumularam no inverno também é fundamental para evitar pequenas poças de água.
Fonte: Governo do Brasil
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