Perto de ti, sinto saudade.
Longe de ti, sinto vergonha de não te ter perto, e nesse desencontro é que te encontro vagando, buscando também encontrar algo perdido que não se perdeu algo que seja surpresa e que repentinamente surja perto de ti. Que melancolia abrasiva que corrói vagamente e nessa imaturidade dessa busca incessante tudo se modifica, os castelos se desmoronam os casebres se ampliam, brilhos aparecem nas mais turvas entranhas de noites despidas de nuvens, de sois amarelados que se escondem nessa mesma noite, de mar de estrelas imagináveis, de pálpebras que lagrimejam com o sorrir e que risos faceiros brotam lágrimas de alegrias, de abraços fáceis, de bocas lânguidas que balbuciam um desejo breve, que ferve dilata e muitas vezes chega ferir. Nessa busca indomável fica a perguntar!… És presa ou predador? Que te move e faz inquietar-te voluptuosamente e que diante desse apenas te oferece um mundo volátil.
Valter Lima
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