Médico veterinário da Sesau explica como se prevenir da toxoplasmose


Clarício Bugarim ressalta que a doença é transmitida pelo contato com fezes do gato e de outros felinos

Caracterizada como uma das zoonoses mais comuns do mundo, a toxoplasmose é uma doença infecciosa causada pelo protozoário toxoplasma gondii, cujos hospedeiros definitivos são as fezes dos gatos e outros felinos, como onças, jaguatiricas e gatos-do-mato. Mas, o que ela causa e que pode ser feito para evitá-la? O médico veterinário da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Clarício Bugarim, esclarece.

 

Ele ressalta que o contato com gatos ou outros felinos não causa a doença, mas as fezes destes animais podem estar infectadas pelo protozoário. Por isso, não devem manipuladas, bem como alimentos ou água em que as fezes possam ter contaminado.

 

Clarício Bugarim diz que, durante a gravidez, a toxoplasmose também pode ser transmitida para o feto, caso a gestante esteja contaminada: é a chamada toxoplasmose congênita. Por esta razão, fazer o pré-natal com os exames solicitados neste período são fundamentais.

“Nos casos de mulheres grávidas, a toxoplasmose pode provocar complicações graves no feto, a exemplo de problemas neurológicos e prematuridade. Já nos casos de pessoas imunocomprometidas, como pacientes com infecção pelo vírus HIV, a toxoplasmose pode aparecer de forma mais grave, afetando diferentes órgãos e podendo levar a óbito”, explica Clarício Bugarim, ao salientar que o diagnóstico é feito pela realização de exames de sangue.

 

Sintomas e prevenção

 

O médico veterinário da Sesau salienta que os sintomas podem ser confundidos com os de viroses ou doenças bacterianas, incluindo dores musculares, fadiga, falta de apetite, febre e alterações nos gânglios linfáticos, especialmente na região cervical. Entretanto, a doença pode ser manifestada com comprometimento ocular, com inflamações que afetam a retina e, por este motivo, é importante estar atento ao risco de prejuízos visuais em indivíduos infectados pelo protozoário.

Clarício Bugarim orienta que a prevenção envolve cuidados com higiene pessoal e alimentar, como lavar bem as mãos e os alimentos, cozinhar a carne adequadamente e evitar contato com fezes de gatos.

 

“Em casos de pessoas que possuam gatos, é importante manter limpo o local onde os animais defecam, sendo o mais adequado providenciar uma caixa de areia. E, no caso de necessitar limpar o local com fezes, essa atividade nunca pode ser feita por uma gestante, a menos que esteja com luvas e, na sequência, é necessário lavar as mãos com água e sabão. Outra ação importante é alimentar seus gatos com ração e evitar que os mesmos comam animais caçados”, destaca o especialista.

 

Dados

 

Segundo dados da Superintendência de Vigilância e Controle de Doenças Transmissíveis da Sesau, em 2024 foram registrados 271 casos de toxoplasmose gestacional e 64 de toxoplasmose congênita. Já este ano, foram registrados 48 casos de toxoplasmose gestacional e nove de toxoplasmose congênita.

Fonte: Agência Alagoas

Anterior SMS visita instalações e confere serviços no 2º Centro de Saúde
Próximo Corpo de Bombeiros reforça a importância da conscientização no Dia Mundial de Prevenção de Afogamentos

Sem Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *