Um pássaro rebelde que voava tanto, hoje busca outros galhos inconsistente seu canto que outrora chegava a contagiar a tantos, não mais alegra com sua sonoridade e sua pelagem não apresenta aquele brilho de antes, pois a convivência com os demais de certa forma torna assim não ter como disfarçar, pois, sua camuflagem torna obsoleta. Com suas peripécias seu revoar inseguro, sua comida exposta torna atrativo a outros pássaros que chegam de mansinho pousam e comem em abundancia, cantam em seu berço, brincam como se seu terreiro fosse não se intimidam. Eu atento a esse comportamento dos pássaros fico parado a indagar; aquele velho pássaro alegre se mostra um pouco mesquinho em suas atitudes, pois sua altivez e a força de cantar já torna difícil, porque os pássaros migratórios rodopiam, cantam, brincam tendo a proeza de socializar rapidamente com outros pássaros mesmo de origem diferentes. Diante desse repentino espaço fico a observar que muitos pássaros se comportam como gente de nações migratórias, onde chegam sem destino certo se alojam em terras também diferentes, mais comem, bebem e brincam da mesma forma. Somos pássaros rebeldes de penugem diferente, consciente das alegrias provocadas com o nosso cantar, mostra um pouco emudecido, mas seu peito resta força ainda para introduzir notas melódicas, mesmo sabendo que o destinar é um poleiro seguro, pois sua consistências e proeza de saltar de galhos o tempo já testemunha e o conforta de sua virilidade.
Valter Lima.
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