Era um dia de um evento, em Porto de Pedras, em 2004, já no começo da tarde me deparei pela rua principal de Porto de Pedras, um grupo vindo em minha direção, era um rapaz magro, de sorriso fácil, de uma alegria e uma simpatia contagiante, era o conhecido “Menino do Confeito”, o Kaíka, que afirmara, “eu queria te conhecer e falar com você”.
Me senti importante, mas já havia ouvido falado sobre ele, e ele queria que o ajudasse, daí começamos uma amizade.
Encantado com a sua simpatia e simplicidade, aceitei o desafio e comecei a fazer um trabalho com o jovem político, que de pronto, atestei ao ver a sua desenvoltura de que ele tinha potencial e seria o prefeito de Porto Calvo.
Passei a frequentar mais a cidade de Porto Calvo e sentir de perto o carinho com que o povo nutria pelo jovem político, seu sorriso era a sua marca registrada e a atenção para os que mais precisavam encontrava em Kaíka um porto seguro por uma Porto Calvo melhor para o seu povo.
O resultado não poderia ser outro, venceu a eleição e a foto que tirei estava postada na parede da prefeitura com o rosto e o sorriso do jovem prefeito, o povo foi ao ápice da alegria e de felicidade que contagiou a todos, fez um bom trabalho, ganhou de novo, e eu defini o jovem político, como um verdadeiro fenômeno eleitoral, e olhe que não estava errado, pois depois de seus dois mandatos, oito anos depois, buscou mais uma vez conquistar a Prefeitura de Porto Calvo, e sua irmã, Eronita Spósito, como candidata e o seu apoio reconquistou o que poucos não acreditavam que ele conseguiria elegê-la, mas o fenômeno eleitoral voltou a mostrar a sua força, ainda com uma maior intensidade, sempre com o apoio de seu amado povo.
Após a sua morte, assistimos na terça, 13/7, a mais bela manifestação de um povo, num misto de saudade, dor e lágrimas que molhavam o chão durante o cortejo para a sua última morada, um político amado que exalava alegria e amor aos mais humildes de sua terra.
Hoje, lamento a partida inesperada do amigo Kaíka e sinto como o povo de Porto Calvo, um vazio que dificilmente será preenchido.
“Kaíka é, o Jacaré…”, fica com Deus amigo!
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