Distúrbio é caracterizado pela dificuldade de engolir alimentos e pode provocar tosses e engasgos
Com a proposta de chamar a atenção para um problema comum, mas pouco conhecido da população, a Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) promove, nesta quarta-feira (20), o “Dia de Atenção à Disfagia”. O distúrbio é caracterizado pela dificuldade de engolir alimentos e pode provocar tosses e engasgos.
A ação será realizada no hall do prédio-sede da universidade, no Trapiche da Barra, em Maceió, e em salas de espera de unidades assistenciais de 11h às 13h. Além de orientações sobre o distúrbio, sobre suas principais causas e formas de tratamento, haverá também a participação de socorristas, que farão demonstrações de manobras de desobstrução.
De acordo com Ana Paula Cajaseiras, professora da Uncisal, a ação contará com a participação de estudantes do curso de Fonoaudiologia, especificamente das Ligas de Fonoaudiologia Hospitalar e do Diretório Acadêmico de Fonoaudiologia. A ideia é gerar um momento de discussão que envolva todos os cursos da universidade.
“O Dia de Atenção à Disfagia faz parte do calendário acadêmico da Uncisal. Nós costumamos desenvolver ações nacionais ao longo do mês de março ou, especificamente, ao longo da semana do dia 20. A ideia é conscientizar a comunidade acadêmica e a sociedade sobre esse tema tão importante”, explicou Ana Paula Cajaseiras.
A professora complementa: “Esperamos, com essa ação, que nós possamos divulgar a disfagia de forma mais heterogênea, para que a população compreenda os principais sinais e sintomas e que entenda, por exemplo, que engasgos com frequência não são normais e que configuram fatores de risco que podem provocar sérias complicações de saúde”.
Estima-se que, no Brasil, a disfagia acomete entre 16% e 22% da população acima de 50 anos, especialmente pessoas idosas. Entre os sinais do distúrbio estão engasgos, tosse ou pigarros durante ou logo após refeições; alteração da voz, durante ou depois de comer ou beber; tempo prolongado para fazer refeições; esforço/cansaço excessivo para mastigar ou engolir; dificuldade para engolir comprimidos; presença de resíduos ou acúmulo de alimento na boca após engolir; e sensação de alimento parado ou preso na garganta.
Na Uncisal, a Liga de Fonoaudiologia Hospitalar tem se dedicado ao aprofundamento do tema. A professora Ana Paula Cajaseiras integra o Grupo Brasileiro Interinstitucional de Pesquisa em Disfagia Orofaríngea, da Universidade Estadual de São Paulo, composto por doze instituições de ensino brasileiras.
Fonte: Agência Alagoas
Sem Comentário