Semarh: Aumento na vazão da hidrelétrica em Xingó não deve causar transbordamento


No entanto, a orientação é para que as áreas pertencentes ao leito do Rio sejam desocupadas

A Sala de Alerta da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) e a Defesa Civil do Estado de Alagoas informam que o aumento da vazão da Usina Hidrelétrica (UHE) de Xingó, de 8000m³/s para 1.100m³/s, nesta quarta-feira (1), está dentro da vazão mínima regulamentada por lei para o Rio São Francisco e não deve ultrapassar a calha do rio.

Apesar da vazão está dentro do permitido, os órgãos pedem às prefeituras da região para que alertem a população ribeirinha que se encontra dentro das áreas pertencentes ao leito do rio para que saia dessas localidades e não corra nenhum tipo de risco.

“Esse volume, de 1.100 m³/s, ainda é a vazão mínima regulamentada para o Rio São Francisco, então, durante muitos anos, esta vazão mínima foi praticada na fluência do rio. Acontece que, com o grande cenário de seca que se instalou desde 2014, os reservatórios não tinham volumes suficientes para manter esta vazão até o período chuvoso do ano seguinte, então foram baixados decretos para baixar esta vazão para 900m³/s, 800 m³/s e chegando até 550 m³/s. Como a Barragem de Sobradinho está com mais de 60% de armazenamento, e a de Três Marias, com quase 100%, as simulações de operação dos reservatórios mostraram que a vazão do rio pode voltar à condição mínima de 1.100 m³/s”, explicou o gerente de operações da Semarh, José Gino de Oliveira.

Segundo o coordenador Estadual da Defesa Civil, Coronel Moisés, os municípios estão sendo informados sobre o risco de permanecerem em espaços pertencentes ao leito do rio desde a última terça-feira (31).

“A região mais próxima da barragem do Xingó, em Canindé do São Francisco, em Pão de Açúcar e em Piranhas terão uma elevação no rio de 40 cm e, mais próximo à Foz, haverá uma elevação de 30 cm, não oferecendo risco de transbordo para a população. O que a Chesf está fazendo agora é um controle de vazão para manter uma regularidade de suas barragens. Então, as comunidades com bares e restaurantes no leito do rio precisam retirar seus materiais para não serem atingidas”, destacou.

Fonte: Agencia Alagoas

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