SAÚDE DA MULHER Após início da pandemia, Maternidade do Hospital da Mulher atende mais de 5 mil


Unidade passou a funcionar na Casa de Saúde Nossa Senhora de Fátima desde a mudança do perfil assistencial há oito meses

Com a mudança do perfil assistencial do Hospital da Mulher Dr.ª Nise da Silveira (HM), localizado no bairro Poço, em Maceió, para receber, exclusivamente, pacientes com suspeita ou testados positivos para o novo coronavírus, em 30 de março deste ano, os serviços voltados às gestantes de risco habitual foram transferidos para a Casa de Saúde e Maternidade Nossa Senhora de Fátima. Em quase oito meses de funcionamento, passaram pela Classificação de Risco 5.348 mulheres, onde foram realizados 1.574 partos, sendo 740 normais e 834 cesáreos, o que corresponde a 47,18% e 52,81%, respectivamente.

De acordo com a diretora-geral do HM/Casa de Saúde Nossa Senhora de Fátima, Eliza Barbosa, mesmo com a quantidade de leitos reduzida, em virtude do espaço, a qualidade da assistência às gestantes de baixo risco não foi alterada em momento algum. “Mesmo sabendo que, do ponto de vista físico, não estamos na estrutura do Hospital da Mulher, temos conseguido construir o nome da equipe. A meu ver, a credibilidade não está só na estrutura física do HM, mas, principalmente, no comprometimento e na capacidade técnica de excelência da equipe profissional”, avalia.

Beneficiadas – Para Izabel Cristina de Lima Silva, de 19 anos, mãe do pequeno Wallace Miguel, que nasceu de parto cesáreo no último domingo (8), pesando 3,970 quilos e medindo 56 centímetros, a sensação do bom serviço que lhe foi prestado era nítida em seus olhos. “O serviço é ótimo. A equipe foi bem atenciosa comigo, procurando sempre me ajudar, perguntando se eu estava precisando de alguma coisa”, elogiou ela, enquanto amamentava.

Assim como Isabel, a Ádria Lourrane, de 29 anos, mãe da Maria Heloísa, que nasceu de parto cesáreo no sábado (7), às 16h45, pesando 3,425 quilos e medindo 50 centímetros, só teve elogios quanto ao atendimento dos profissionais. “Gostei muito do atendimento dos profissionais, que são muito qualificados. Em nenhum momento me faltaram com respeito. Eles me falaram da importância do colostro, que constitui a primeira imunização dos bebês recém-nascidos. Eu saí do parto e fui logo amamentar. Feriu um pouquinho quando a minha filha pegou as mamas, mas a enfermeira me aconselhou a passar o próprio leite ao redor da auréola pra cicatrizar”, contou Lourrane, exaltando o serviço.

Assistência – Eliza Barbosa destacou que, ao longo desses meses, o Núcleo de Educação Permanente (NEP) tem identificado quais as necessidades de atualização em demandas de atendimento na assistência, o que tem ajudado a melhorar ainda mais o serviço que é prestado dentro da unidade hospitalar. Além do NEP, ela citou o trabalho que vem sendo realizado por meio da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT).

“Como iniciativa dos próprios profissionais, também foi criado o ‘Grupo Aconchego’, formado por uma equipe multidisciplinar, que tem feito um trabalho de excelência, onde os profissionais sempre buscam temas interessantes para passar informações as puérperas e seus acompanhantes, bem como, capacitar toda a equipe multidisciplinar, com conteúdos relevantes, que tem ajudado, e muito, em suas práticas profissionais no dia a dia”, afirmou.

A coordenadora de enfermagem do HM/Casa de Saúde e Maternidade Nossa Senhora de Fátima, Carolina Raquel, salientou que, após a mudança do perfil assistencial, a triagem da paciente que dá entrada na maternidade é feita por uma enfermeira obstétrica, que, também, é responsável pelo parto. “Foi a maior mudança no perfil assistencial da maternidade até o momento”, garantiu.
Em virtude da chegada e propagação do novo coronavírus no Brasil e em Alagoas, Carolina Raquel disse que as mães e seus acompanhantes têm recebido todas as orientações necessárias sobre a Covid-19, como, por exemplo, tomar banho com mais frequência, lavar as mãos, conforme as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), antes de tocar o bebê na hora da mamada e, claro, usar a máscara facial durante a amamentação.

“Desde o início da pandemia em Alagoas, a equipe do HM/Casa de Saúde e Maternidade Nossa Senhora de Fátima tem fornecido as máscaras de uso facial as gestantes e seus acompanhantes. Como o espaço é reduzido, temos autorizado o acompanhante da paciente a participar só do momento do parto e no puerpério. Antes disso, a equipe passa informações ao acompanhante, a cada duas horas, sobre o estado de saúde da gestante”, explicou.

Com a mudança para a Casa de Saúde e Maternidade Nossa Senhora de Fátima, a enfermeira obstétrica Isabel Mendes contou que a experiência que adquiriu no HM, antes da pandemia da Covid-19, só a ajudou a dar continuidade com seu trabalho em prol das gestantes. “Fazer parte dessa equipe tem sido um aprendizado imensurável”, disse ela, orgulhosa.

Fonte Agencia Alagoas

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