A Rede de Atenção às Violências (RAV) apresentou, na segunda-feira (11), no Palácio República dos Palmares, em Maceió, as ações desenvolvidas em 2023, indicadores das portas de entrada e as capacitações e seminários realizados. Ainda durante o encontro, foi anunciado o calendário de atividades para 2024, com foco no combate à violência, bem como o acolhimento e garantia de direitos às vítimas de violência em Alagoas.
A reunião contou com técnicos vinculados ao órgão e membros da sociedade civil, que compõem o Comitê Gestor da RAV, cuja posse ocorreu em março deste ano, com o intuito de ampliar a sua atuação para todas as populações vulneráveis às violências. Até maio deste ano, o atendimento da RAV era exclusivo para as vítimas de violência sexual.
A gerente operativa da RAV, enfermeira Thaylise Brito, afirmou que essa apresentação para o comitê gestor é essencial para fortalecer o trabalho intersetorial. “A intersetorialidade é uma importante prática de gestão, porque permite espaços compartilhados de decisões, entre diferentes setores e secretarias do governo, que atuam direta ou indiretamente em políticas públicas sobre violências”, salientou.
Thaylise Brito esclareceu que a RAV atende oito populações vulneráveis no Estado e que conta com a parceria das Delegacias Especializadas de Defesa dos Direitos da Mulher e de Crimes Contra Vulneráveis. “Atualmente nós acolhemos e oferecemos atendimento integral a crianças, adolescentes, mulheres, pessoas idosas, pessoas pretas, pessoas com deficiência, povos tradicionais, população em situação de rua e população LGBTQIAPN+”, afirmou a gestora da RAV.
Balanço
De acordo com informações da RAV, de janeiro a novembro de 2023, foram atendidas 2.338 vítimas de violência, sendo 1.113 vítimas de violência sexual e 1.225, de violência doméstica. Os meses de maior incidência foram janeiro, abril e outubro, em quais a idade das vítimas variou de 25 a 50 anos, e a dos agressores de 25 a 59 anos. Na maioria dos casos, o agressor era o próprio companheiro ou ex-companheiro e o local de maior incidência era a residência da vítima.
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