Os encontros ocorrem duas vezes por semana e cerca de 800 alunos participam das atividades que são subdivididas em duas modalidades: Regional e Angola. O projeto ainda conta com o apoio de 16 mestres de capoeira e 16 monitores.
Para a assessora técnica da Semed é muito importante levar essas práticas para o ambiente escolar. “É cultura nossa e faz parte do nosso berço cultural que representa resistência, história, educação, conscientização, respeito e ainda hoje, infelizmente vivemos em um mundo cheio de preconceito”, enfatizou.
Durante o projeto, os alunos além de aprender as técnicas da capoeira participam de atividades, como o festival de duplas, que ocorreu no dia 11 de novembro, na Praça Multieventos, o festival de música, no qual as crianças são estimuladas a compor rimas contando a história da capoeira, e o batizado, que é o fechamento do ano letivo.
Nicole Emily é estudante da Escola Municipal Corintho da Paz, na Cidade Universitária. Ela ressalta as vantagens de participar do projeto, na unidade de ensino. “Eu aprendi coisas novas, como dar estrelinha. Gosto de vir e aprender a lutar que ajuda na minha defesa também”, revelou.
A diretora escolar, Tarcísia Rosa, destacou o compromisso social da atividade. “É a interação entre os alunos, a aproximação deles com a arte em si. O fato deles estarem na escola ao invés de estarem na rua. A atividade gera aprendizagem, diversão e segurança”, afirmou.
O autor do projeto, mestre Cláudio dos Palmares, relatou que é uma conquista e um sonho antigo que virou realidade. “Eu ministro aulas nas escolas desde 1982. São 40 anos esperando e sonhando ver a capoeira entrar pela porta da frente das escolas e mostramos que a capoeira tem valor imenso na formação das crianças, uma vez que ela educa a partir da música, do jogo, de todo esse diálogo corporal que ela promove”, concluiu o mestre capoeirista.
Fonte: Ascom Semed
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