“Antes, para eu tomar banho de mar, tinha que ser carregada no colo. E nem aproveitava muito. Mas, agora, com a cadeira anfíbia acessível e disponível, é incrível. Eu fico esperando o mês todo para vivenciar a experiência. As pessoas falam que o que acalma é água com açúcar, mas o que acalma mesmo é a água do mar”.
Foi assim que Paula Ravenala, de 35 anos, descreveu o que sentiu após tomar banho de mar com a cadeira anfíbia, adaptada para pessoas com deficiência, durante o Praia Acessível, na Orla da praia de Pajuçara, na manhã deste sábado (30).
Além do banho acessível, o projeto, que é voltado às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, teve aula de zumba, dança, vôlei, futsal, aferição de pressão arterial, promovida pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), e serviços fisioterapêuticos, com equipes da Uninassau.
Presidente da Associação de Surdos de Maceió, Kleverson Oliveira destacou a relevância da ação gratuita através da tradutora e intérprete de libras do grupo, Kelly Oliveira.
“Mais do que lazer, o Praia Acessível contribui para a autoestima, a saúde física e mental de todos os integrantes da Associação de Surdos de Maceió. Nós estamos sempre participando porque sabemos da relevância social do projeto”, pontuou.
Ainda segundo Kelly, a associação tem em média 300 atletas surdos entre pais e filhos. Ela se emocionou bastante ao destacar a dimensão pessoal do trabalho que realiza.
“Desde os 13 anos, sou voluntária da comunidade de surdos da capital. Para mim é uma satisfação muito grande participar do Praia Acessível, pessoalmente e profissionalmente. Inclusive, tenho um tio que é surdo e tem deficiência intelectual. Então, eu peguei paixão e amor pela causa”, destacou.
Goleiro profissional do time de futsal da associação, Edson Ribeiro da Rocha, 24, apontou a dimensão social e transformadora do esporte.
“O Praia Acessível é um projeto enriquecedor porque promove acessibilidade através do esporte. Então, essa questão da fomentação do futsal, do vôlei, do basquete, entre outras mobilidades, é o que eu destaco a partir da minha experiência enquanto goleiro”, disse.
Representantes das principais instituições parceiras do Praia Acessível participaram desta edição do projeto, como a Associação de Apoio a Pessoas com Câncer (APAE), A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas (APAE), além da Associação de Surdos de Maceió.
“Mesmo com o clima pouco favorável, devido às chuvas, representantes das instituições parceiras compareceram acompanharam e participaram de todas as atividades propostas. Tivemos a corrida, a dança, o futsal, o futebol, o vôlei e o banho de mar acessível, que é carro-chefe do projeto. A próxima edição está prevista para acontecer no final de agosto e aguardamos todos novamente”, destacou João de Barros, coordenador do projeto.
Sobre o Projeto
O Projeto Praia Acessível, coordenado pela Secretaria Municipal de Turismo, Esporte e Lazer (Semtel), é realizado mensalmente em parceria com entidades e ONGs que atendem esse público. Porém, as cadeiras anfíbias estão disponíveis para empréstimo todos os dias da semana.
Elas facilitam o deslocamento na areia do mar e tem capacidade de fazer flutuar na água. Para solicitar o empréstimo é necessário agendar com o coordenador do projeto, João de Barros, pelo número (82) 9102-4596. O tempo de permanência com o equipamento é de até sete dias.
Fonte: Ascom Semtel
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