Os dados mostram evolução de casos a partir da segunda quinzena de março
Desde o início das medidas de isolamento social, iniciadas em março e reiteradas com a publicação de decretos governamentais, o Centro Especializado de Atendimento à Mulher Vítima de Violência Jared Viana (CEAM Jared Viana) atendeu 166 mulheres vítimas de violência no Estado.
“Os números incluem atendimentos sistemáticos, que são as terapias semanais, acolhimentos, orientações e procedimentos jurídicos e encaminhamentos para a Rede de Atendimento da Mulher Vítima de Violência”, explica Martha Ferreira, responsável pelo Centro, vinculado à Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (Semudh).
Comparados aos dados de 2019, onde se obteve uma média de 38 atendimentos mensais, o índice de 2020 está em um movimento crescente. “A gente tem feito um trabalho forte de divulgação dessa rede de atendimento e, de certa forma, tem encorajado as mulheres a denunciar, haja vista que ao denunciar elas sabem que vão ter ao seu dispor serviços de suporte para acolhê-las”, comenta Dilma Pinheiro, superintendente de Políticas para a Mulher da Semudh.
Os atendimentos psicológicos estão sendo realizados de forma online. Já os demais acolhimentos, continuam suas atividades com uma equipe reduzida, por se tratar de um serviço essencial.
“Especialmente durante esse período de isolamento, onde as mulheres estão passando mais tempo confinadas com os seus agressores, precisamos estar de prontidão com os canais de atendimento. O enfrentamento à violência doméstica não tem descanso, é uma urgência”, disse Maria Silva, secretária da Mulher e dos Direitos Humanos.
Momentos de Inspiração
Além dos atendimentos já convencionais, o Círculo de Mulheres do CEAM, que realiza outras prática terapêuticas, como arte e aromoterapia, tem realizado um pequeno projeto de “momentos de inspiração”, onde Anne Kellen, uma das colaboras do CEAM, interage de forma online com as mulheres assistidas pelo Centro.
“Faço vídeos abordando coisas para inspirar, como alongamentos, terapias integrativas, automassagem e leitura. A gente realiza isso semanalmente, para manter o vínculo e estamos juntas nesse processo. Estamos implementando e vendo como as mulheres respondem a possibilidade de criarmos esse canal de inspiração para o auto cuidado”, explica Anne.
Os atendimentos e serviços disponibilizados pelo Centro Especializado de Atendimento à Mulher – CEAM e pela Central de Interpretação de Libras – CIL, ambos situados à rua Dr. Augusto Cardoso, s/n. no bairro da Jatiúca, continuam em funcionamento. Qualquer dúvida pode ser sanada por contato pelo telefone (82) 3315-1740 ou e-mail central.mdhal@gmail.com.
Telefones úteis
Superintendência de Políticas para a Mulher: 98833.9078
Núcleo Especial de Defesa dos Direitos da Mulher da Defensoria Pública de Alagoas – NUDEM: 98833-2914
Delegacia de Defesa da Mulher I (Centro): 3315-4976
Delegacia de Defesa da Mulher II (Salvador Lyra): 3315-4327
Delegacia de Defesa da Mulher III (Arapiraca): 3521-6318
Juizado de Violência Doméstica e Familiar (Maceió): (82) 9 9982-3059
Comissão da Mulher e Direitos Humanos da OAB/AL: (82) 99104-7116
Fonte: Agencia Alagoas
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