Procedimento que antes não era fornecido pelo Estado custa cerca de R$ 20 mil em unidades particulares
O Hospital Metropolitano de Alagoas, em Maceió, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), realizou, nesta quinta-feira (26), o primeiro procedimento de colangiopancreatografia retrógrada endoscópica, mais conhecida como CPRE. A cirurgia, que foi a primeira em uma unidade pública alagoana, custa, em média, na rede privada, R$ 20 mil e, a partir de agora, passará a ser feita gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).
O médico supervisor da endoscopia, Daniel Costa, explica que o procedimento é pouco invasivo e sem cortes no abdômen.
“Com a CPRE chegamos até o canal do fígado e, às vezes, do pâncreas, geralmente para promover uma desobstrução do canal do fígado. Os pacientes com esse problema ficam amarelados porque uma pedra ou algum tumor está obstruindo esse canal. O procedimento é muito importante, pois dá suporte a outras áreas, como a clínica médica, cirúrgica e oncológica”, enfatizou o médico.
Por mês, o Hospital Metropolitano de Alagoas pretende realizar cerca de 30 CPREs e, com isso, 18 pacientes que estão internados na Rede Estadual de Saúde já foram direcionados para o Hospital Metropolitano para fazer o procedimento. O acesso dos pacientes aos serviços da unidade é feito pelo Sistema de Regulação do Estado. Para o diretor-geral do Metropolitano, Antônio Lucena, a disponibilização da cirurgia pelo SUS é um ganho muito importante para a população. “É com muita felicidade que o Hospital Metropolitano faz a primeira CPRE pública do Estado. Com a implantação desse serviço aqui, o Estado de Alagoas irá economizar para os cofres públicos algo em torno de R$ 4 milhões por ano, além de ofertar uma quantidade maior de procedimentos para a população”, disse Lucena.
O secretário executivo de Regulação e Gestão, Igor Monteiro, esteve presente ao Hospital Metropolitano para prestigiar a realização do primeiro procedimento de CPRE e destacou a sua alegria com o novo serviço disponível para os pacientes. “É um ganho para nossa rede pública estadual. Temos muito trabalho ainda pela frente para entregar os melhores serviços de saúde para toda população alagoana e, sobretudo, também temos cuidado e coração para cuidar das pessoas”, salientou o gestor.
O defensor público-geral de Alagoas, Carlos Eduardo, também esteve presente no Metropolitano para ver de perto a evolução da saúde pública em Alagoas. “Viemos olhar in loco a implementação de alguns procedimentos que evitarão a judicialização. Essa é sempre a proposta da defensoria, resolver as questões da área de saúde de forma administrativa. Estamos muito satisfeitos com o que estamos vendo”, ressaltou o defensor.
Fonte: agência Alagoas
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