Ação realizada na Orla de Maceió conscientizou banhistas, ambulantes e turistas sobre as medidas de prevenção ao vetor Aedes aegypti
Para frear o aumento de casos de dengue em Alagoas, o Governo do Estado realizou no domingo (7) mais um Dia D de Combate à Dengue. A iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) ocorreu na rua fechada da Orla de Maceió e conscientizou banhistas, ambulantes e turistas sobre as medidas de prevenção da doença, que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Para isso, gestores e técnicos da Sesau abordaram as pessoas que estiveram na rua fechada da Orla de Maceió e entregaram material educativo, enumerando as medidas que devem ser realizadas para evitar os focos do Aedes aegypti. Além de distribuir folders, também foram afixados cartazes em pontos estratégicos e de grande visibilidade, como estabelecimentos comerciais e carrinhos de ambulantes, alertando sobre a necessidade de combater o mosquito vetor da doença.
Entre as medidas a serem adotadas pela população para acabar com os focos do Aedes aegypti está a eliminação de locais que estão expostos ao sol e armazenam água limpa, conforme frisou o secretário executivo de Vigilância em Saúde, Marcos Holanda. Isso porque, segundo o gestor, estes locais são os mais propícios para que a fêmea do mosquito Aedes aegypti deposite seus ovos e se prolifere, principalmente em períodos intercalados por chuva e sol intenso, como o vivenciado atualmente em Alagoas.
“Temos que evitar manter nas residências vasos de plantas aquáticas, fechar as caixas d’água, limpar as calhas, guardar os pneus e garrafas em locais cobertos, não acumular entulhos e sucatas e eliminar a água das garrafas, potes e vasos. Por isso, queremos conclamar os secretários municipais de saúde para que possam sensibilizar a população de seus municípios, com o intuito de adotar estas medidas preventivas que combatem à dengue”, salientou Holanda, que representou o titular da Sesau, Gustavo Pontes de Miranda.
Na Ponta da Língua
Medidas que estão na ponta da língua do turista mineiro Sérgio Pimentel, que ao ser abordado pela equipe da Sesau, enumerou o que deve ser feito para combater o mosquito Aedes aegypti, sem precisar recorrer às informações do folder entregue pelos técnicos da vigilância epidemiológica. “Sou da cidade de Sabará e, assim como aqui, ainda tem muita gente lá em Minas Gerais que descuida das medidas de prevenção contra o Aedes aegypti, cuja fêmea adora água limpa e parada para se reproduzir”, enfatizou.
A ambulante Ana Alves, que comercializa petiscos e bebidas na Praia da Ponta Verde, também sabe bem o que fazer para evitar a dengue. Após ver um de seus filhos ser acometido pela doença e, quase perder a vida, ela disse que não se descuida das medidas preventivas contra o Aedes aegypti, seja em casa ou quando está ganhando o sustento da família. “Seja aqui na praia ou em casa, não deixo exposto nada que possa juntar água e que a fêmea do mosquito possa depositar seus ovos. Todo objetivo que é risco, coloco num saco de lixo, amarro bem e coloco para ser recolhido”, assegurou.
A vida por um triz
Após passar sete dias internado no Hospital da Mulher (HM) com dengue, sendo dois deles na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o mecânico industrial Aldemário dos Santos fez questão de comparecer à ação educativa da Sesau. Ainda debilitado, ele frisou que sua presença durante o Dia D serviu de exemplo para as pessoas incrédulas, que negligenciam sobre as medidas de prevenção contra o Aedes aegypti.
“Em nossa casa nunca nos descuidamos das ações para evitar o surgimento dos focos do mosquito da dengue. Inclusive, até hoje não sei como peguei essa doença, que causa dor e muito sofrimento. O que sei é que fiquei uma semana internado, depois de dar entrada duas vezes na UPA [Unidade de Pronto Atendimento], chegando a pensar, inclusive, que não resistiria, pois os efeitos dela são terríveis”, declarou Aldemário dos Santos, ao agradecer o atendimento recebido no Hospital da Mulher e classificado por ele como “espetacular”.
Situação epidemiológica
Até a Semana Epidemiológica 13 foram notificados 3.560 casos suspeitos de dengue em Alagoas e, destes, 1.807 foram confirmados. Já no mesmo período do ano passado, 1.520 casos suspeitos foram notificados e 937 confirmados. Com relação aos óbitos, foi confirmado um óbito, que se refere a um paciente do sexo masculino, residente em Atalaia; no mesmo período do ano passado não houve óbito confirmado. Ainda com relação às mortes por dengue, cinco encontram-se em investigação, procedentes dos municípios de Maceió (1), Santana do Mundaú (1), União dos Palmares (2) e Viçosa (1).
Além de técnicos da Gerência de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis e do secretário executivo de Vigilância em Saúde, Marcos Holanda, participaram do Dia D de Combate à Dengue o secretário executivo de Gestão Interna, Éder Correia; o secretário executivo de Regulação e Gestão, Igor Montteiro; o superintendente de Vigilância em Saúde, Paulo Teixeira; e a gerente de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis, Waldnéia Silva.
Fonte: Agência Alagoas
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