Enquanto o grilo cantava debaixo da mesa os meninos reinavam, onde misturavam os brinquedos soltos no meio da casa, toda aquela bagunça feita nada mas era do que uma gincana entre eles à procurar o grilo e que seria um troféu ou quem sabe motivo de disputa. Todos participavam de forma ordeira, apesar de vez por outra surgia um empurrãozinho, um tapinha nas costas e também na cabeça, isso era normal fazia parte do certame onde o bom mesmo era o convívio e que a amizade predominava entre eles.
Cada passo um olhar duvidoso e também esperto, ninguém arredava um pé que o outro estava perto vigilante, e o grilinho a cantarolar, cantarolar com seu ruído infindo deixava os meninos intrigados em querer saber como o encontrar, parecia que quanto mais eles se aproximavam do inseto ele tornava mais distante e isso acalorava muito mais a disputa. Diante de tudo isso os adultos observavam, mas não pretendiam tirar o foco a determinação dos garotos e que distante viam onde se alojava o grilo, entretanto não podiam dizer nada para não estragar e abreviar tudo aquilo, até porque enquanto eles se deliciavam da brincadeira buscando encontrar o inseto os mais velhos tentavam relaxar um pouco ficando a estimular; vamos todos busquem encontrar, afinal quem será o vencedor? E nessa empolgação os meninos se viam cada vez mais envolvidos, onde cada um tirava um ensinamento de direção, respeito mútuo e convívio social. As lições repentinas colhidas serviram para despertar e também aplicar durante suas vidas. Sabendo que a cada dia encontramos grilos em nossa vida e que possamos ter consciência a lidar enfrentando de cabeça erguida, sem machucar aquele que esteja a seu lado, que busquemos a direção correta onde possamos localizar, desapegando daquele grilo que porventura venha a zumbir em nossos ouvidos.
Valter Lima
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