O projeto teve como principal objetivo aproximar os estudantes do mundo da arte, explorando diversos aspectos das obras de Tarsila do Amaral, como contou a coordenadora Elaine Nascimento. “Na prática, a cada mês foi trabalhado uma tela e isso ocorreu durante o ano inteiro. Nos estudos foi enfatizado alguns aspectos como contexto em que a obra foi criada e a história através de textos de apreciação de telas, de confecções e releituras das produções”, concluiu.
Além do foco cultural, o projeto também abrangeu questões ambientais, como relata a professora dos 5° anos da unidade de ensino, Rosângela de Fátima. “É de suma importância trabalhar a releitura dessas obras, utilizando materiais recicláveis, para que o aluno amplie o universo criativo fazendo com que ele seja o protagonista e nós os tutores, orientadores mostrando o caminho. E assim consolidamos o artístico com o ambiental”, enfatizou.
Júlia Roberta tem 13 anos e é a representante da turma do 5° ano D. Para ela é um sentimento de realização poder expor seus trabalhos “A gente fica muito feliz, trabalhamos muito para ficar tudo perfeito e poder apresentar para nossos pais. A arte dá cor para nosso país e representa coisas importantes. Unir com os materiais recicláveis serve para mostrar para outras crianças que podemos reutilizar alguns materiais e ajudar o meio ambiente”, revelou.
A escola reúne alunos do primeiro ao quinto ano e todos participaram da elaboração das telas. Para os pequenos foi uma oportunidade de aprender brincando, como descreveu a professora da turma, Ana Rosa. “Para eles é uma novidade trabalhar arte e conhecer artistas, ainda mais, Tarsila do Amaral é mulher e envolve toda essa questão de representatividade. Eles ficaram encantados e surpresos com algumas telas por terem formas geométricas diferentes. Então foi um projeto de leitura que envolve várias áreas como alfabetização, leitura e escrita”, ressaltou.
Os pais presentes na exposição veem a ação como uma oportunidade para os filhos. “Muitas crianças nunca foram a uma exposição, nunca tiveram contato com a arte, nem sequer foram a museus. Por isso, eu acho muito interessante a escola ter esse olhar para realidade dos estudantes”, destacou Maria Cícera.
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