Sou a Maria dengosa, amorosa, amante e amiga,
Aquela que madruga no trabalho sem vícios,
E todas aquelas que o vicio tenta aprisionar,
Meiga, malandra e sincera,
Que não deita sem poder dormir,
Mas que acorda sem medo do dia seguinte
Abraça o dia sem lembrar-se da noite passada,
E que mais noites passem se renovem
Sem manchas que venham de forma discreta a tatuar.
Maria mãe, esposa, tia, avó amiga das amigas.
Ventre aberto aos filhos legítimos e adotivos.
Braços longos de águias,
Que abraças, mesmo nas alturas,
Sem desconhecer, porém,
O solo que também o abraça.
Valter Lima.
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