Quando o azul é mais azul e as borboletas revoam tingindo-o um céu de sol escaldante, vejo você caminhando a borboletear descalça sob a areia morna e macia, me deixando a contar cada passo por ti dado. Na ilusão de te ver bem perto de mim sinto estranho observando distante e tu mesquinha se faz de difícil traindo os meus olhos desejosos. Se esconde entre os cabelos caracolados que escorrem sob teus largos ombros que enfeitado de uma leve blusa, fazendo resvalar um farto busto que teimam em querer sair, mas tua sensualidade torna mais bela, com uma cintura que se adequa ao quadril tornando mais um aditivo, de largas ancas que equilibrada em contornado par de coxas torneadas torna-se uma deusa. Sua saia entre aberta de floral colorida parece que aproxima não somente as borboletas, mas esse caçador repentino de borboletas que consegue mirar entre todas apenas essa. Apesar de sua cesta de coleta mesmo tendo longa haste, não consegue capturar. Sentindo um tolo na ilusão de querer tê-la, ela furta-se de mim como um deboche de borboletas vadias.
Valter Lima
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