A automedicação é uma das principais responsáveis pelos altos índices de intoxicação por remédios e traz riscos para a saúde como reações de dependência, intoxicação e até a morte. Nesta quarta-feira (5) é celebrado o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos e a Secretaria Municipal de Saúde alerta a população sobre os perigos do uso indiscriminado de medicamentos, principalmente em tempos de pandemia, quando os leitos de emergência estão sobrecarregados. As discussões em torno do tema ainda reforçam a importância de utilizar os medicamentos corretamente e descartá-los de maneira adequada.
“Não levar em consideração os cuidados que precisamos ter quanto ao uso de medicamentos impacta em riscos desnecessários, principalmente em um período de sobrecarga do sistema de saúde, em plena pandemia. Entre outras coisas, há o risco do paciente ter uma complicação porque se intoxicou, por exemplo, precisar de um atendimento de emergência e não haver leito disponível. Nessa situação, se ele chegar a conseguir atendimento, vai sobrecarregar ainda mais os hospitais que já estão cheios por conta da Covid-19”, completa Mirela Quirino que é farmacêutica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Entre os muitos problemas de saúde que podem ser decorrência do uso irracional de medicamentos estão, segundo Mirela Quirino, a criação de resistência ao uso de antibióticos, que podem não funcionar quando o paciente realmente precisar dele, além de os remédios em excesso poderem mascarar sintomas de um problema de saúde mais grave, atrapalhando o diagnóstico correto para a enfermidade.
A profissional esclarece, ainda, que os medicamentos dispensados nas farmácias das Unidades de Saúde são feitos com receita médica. “Todo medicamento que sai das nossas farmácias é com receita, então não tem como o usuário fazer automedicação. Temos esse cuidado de promover o uso racional dessas substâncias para que não sejam utilizadas de forma perigosa”, afirma Mirela Quirino.
Segundo definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso racional parte do princípio que o paciente recebe o medicamento apropriado para suas necessidades clínicas, nas doses individualmente requeridas para um adequado período de tempo e a um baixo custo para ele e sua comunidade.
Fonte: Secom/Saúde/Maceió
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