Projeto é dirigido às mães de estudantes e demais alunos da EJAI da Escola de Ensino Fundamental Nosso Lar I
Cheias de significado e história, assim são as peças produzidas por mães de alunos e estudantes da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI) nas aulas de artesanato da Escola Municipal de Ensino Fundamental Nosso Lar I, localizada na Ponta Grossa.
As aulas são realizadas três dias na semana, nos períodos da manhã, tarde e noite. O projeto atende 15 alunas que aprendem a confeccionar diversos tipos de artesanato, que podem ser vendidos posteriormente, trazendo renda para a comunidade.
As peças de crochê produzidas são feitas, principalmente, com material descartável, conseguidos pelos voluntários do projeto, e que se tornam peças lindas e cheias de valor emocional.
A maior pretensão do projeto, segundo a professora Mariza Albuquerque, além do retorno pessoal, é inserir as mulheres no mercado de trabalho, promovendo a independência delas.
“O projeto foi criado no mês da mulher e o objetivo é trazer mães de alunas e estudantes da EJAI porque muitas delas não tem condições financeiras, para que elas tenham a chance de ganhar um dinheiro extra através da arte do artesanato. Nós fazemos o intercâmbio entre a arte e o empreendedorismo, mostrando como se faz as peças e como vendê-las”, explica.
Além do retorno financeiro, o projeto funciona como uma terapia para as alunas, já que muitas delas encontram naquele momento de socialização e no fazer artístico uma forma de se apoiarem e lidarem com suas questões pessoais.
A aluna da oficina Silvânia França, que é mãe de quatro filhos, sendo que dois deles estudam na escola, conta que o projeto é fundamental na sua vida.
“A professora me cedeu uma linha, eu fui treinando em casa e fui melhorando. Eu gostaria de ter tido envolvimento com esse projeto mais cedo porque eu vim de uma família de uma mãe com 10 filhos e a renda não era suficiente. Eu passei muita dificuldade e talvez tivesse mudado minha realidade na época. São peças muito bonitas, que vendem por si só. Foi muito importante pra mim e eu queria que outras mulheres tivessem essa oportunidade, porque também funciona como uma terapia para mim”, conta.
Fonte: Ascom Semed
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