E quando as cortinas se fecham
O artista volta a coxia
Desfaz a maquiagem
Retira suas vestes
Anéis, colares, pulseiras,
O personagem se despersonaliza
Retira as máscaras volta à realidade,
Onde encontra outros artistas,
De caras limpas, de olhares sisudos,
Que aprenderam a dar cor e brilho no cenário,
Com seus figurinos impecáveis,
Uma sonoplastia sem defeito,
E que coreografia,
Guardam-se tudo com sofreguidão,
Tal qual, os aplausos e gritos de “merda”,
Lâmpadas se apagam,
Portas se fecham,
Mãos se unificam agradecem a Deus
Findou o espetáculo.
Valter Lima
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