Alagoas registrou a terceira menor taxa de desocupação entre os estados nordestinos no primeiro trimestre deste ano, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada na última quinta-feira (18), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com os dados, nos três primeiros meses de 2023, a taxa de desocupação alagoana ficou em 10,6%, maior somente que o registrado no Ceará, que teve a menor percentual da região, com 9,6%, e no Maranhão (9,9%).
O levantamento do IBGE mostra que a Bahia registrou a maior taxa de desocupação do Nordeste, com 14,4%. Em seguida aparecem Pernambuco (14,1%), Rio Grande do Norte (12,1%), Sergipe (11,9%), Paraíba e Piauí (ambos com 11,1%). Na média, a taxa de desemprego no Nordeste ficou em 12,2%, a maior entre as regiões do país e 1,6 ponto percentual acima da registrada em Alagoas.
De acordo com a analista da pesquisa Alessandra Brito, essa diferença entre os estados nordestinos está ligada à informalidade. “Bahia e Pernambuco têm um peso maior de trabalho informal (emprego sem carteira e conta própria sem CNPJ), o que torna a inserção no mercado de trabalho mais volátil, podendo gerar pressão de procura por trabalho, o que se reflete numa maior taxa de desocupação, se comparado à taxa para o Brasil”, diz.
Levantamento feito pela Agência Alagoas revela que em dois anos – medidos entre o primeiro trimestre de 2021 e o primeiro trimestre de 2023 – a taxa de desocupação em Alagoas recuou de 20% para 10,6% – uma retração de 9,6 pontos percentuais, a maior entre os estados nordestinos.
De acordo com a Pnad Contínua, Sergipe aparece em segundo lugar, com um recuo de 9 pontos percentuais, seguido de Pernambuco (7,2 p.p.), Maranhão (7,1 p.p.), Bahia (6,9 p.p.) e Ceará (5,5 p.p.). Na outra ponta, o Piauí aparece com a menor retração no período, com 3 pontos percentuais, seguido do Rio Grande do Norte (3,4 p.p.) e Paraíba (4 p.p.).
Em números absolutos, a população desocupada em Alagoas recuou de 254 mil pessoas no primeiro trimestre de 2021 para 142 mil no primeiro trimestre deste ano – ou seja, 112 mil alagoanos.
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