Agora é a vez dos homens


A campanha Novembro Azul tem o objetivo de alertar para a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata, o mais comum entre brasileiros depois do câncer de pele. Esta patologia é a causa de morte de 28,6% da população masculina que desenvolvem neoplasias malignas. No nosso país, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata, segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional do Câncer (Inca). O maior desafio desta campanha, é conscientizar os homens sobre os cuidados com sua saúde, isso porque falar sobre a saúde masculina como se faz hoje não era tão simples há alguns anos.

Por muito tempo, a ideia de “se cuidar” esteve relacionada a uma tarefa feminina. De acordo com a pesquisa Um Novo Olhar para a Saúde do Homem, realizada no segundo semestre de 2019 pelo Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL) em parceria com VEJA SAÚDE, entre os 2405 brasileiros entrevistados, apenas 33% disseram ir ao médico para consulta de rotina uma vez ao ano e 26% afirmaram que só o fazem quando se sentem mal. No entanto, isso vem mudando gradativamente com a ajuda de campanhas de conscientização sobre o autocuidado masculino e esclarecimentos sobre o câncer de próstata.

A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, que pesa cerca de 20 gramas, e se assemelha a uma castanha. Localizada abaixo da bexiga, sua principal função é, juntamente com as vesículas seminais, produzir o esperma.

Inicialmente, a doença não sinaliza sintomas aparentes e quando alguns sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão avançados, dificultando a cura. Nesta fase avançada, os sintomas são:

• dor óssea;
• dores ao urinar;
• vontade de urinar com frequência;
• presença de sangue na urina e/ou no sêmen.
Os principais fatores de risco são •histórico familiar de câncer de próstata: ou seja, quando o pai, o irmão ou tio foram acometidos com a doença
• raça: homens negros sofrem maior incidência deste tipo de câncer;
• obesidade

A melhor maneira de garantir a cura do câncer de próstata é o diagnóstico precoce. Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos com fatores de risco, ou 50 anos sem estes fatores, devem ir ao urologista para conversar sobre o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos, e sobre o exame de sangue PSA (antígeno prostático específico). Atualmente, além de atentar para a doença, a campanha lança o alerta para a necessidade dos homens assumirem o protagonismo da própria saúde. Cuidem-se!

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