FLÓREA Seu jeito desconforme de se trajar Meia louca, irreverente descuidada Corpo exposto, a mascar chiclete Cabelos aos ventos sem penteio revoltantes, E você a se importar com as folhas Que caem em dias de outonos, E o entardecer em dias de primavera, Que brotam lindas flores. E não sabendo como procurar Me vejo impotente, diante desse broto Que poliniza, germina aguaceiro Nas ruas e avenidas, Transformando essa Flor de Lis Rosas Menina, Dálias, Margaridas, Hortência, Jasmins, Bromélias. Suas larvas extensivas buscam veredas diferentes, Se encrusta em crespos caules, De arvores frondosas, metamorfoseando em Orquídeas, Hospedeira de múltipla beleza. E que com o passar do tempo Se esconder do vento e brisa Madrugar em campos verdejantes Adormecer e ao acordar, Ser confirmada em bela Trepadeira.
Valter Lima
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