Há um jargão no meio político que diz que “as urnas falam”. Então, o que as urnas desta eleição querem nos ensinar?
Segundo o presidente estadual do Solidariedade em Alagoas, o advogado, Adeilson Bezerra, “o primeiro ensinamento é que eleição municipal é disputa paroquial”. Ou seja, importa mais para o eleitor as questões que dizem respeito aos problemas da cidade e dos cidadãos; e nesse caso, os políticos com mandato garantiram, em sua esmagadora maioria, a reeleição.
“A população está cansada de extremismos e de campanha política feita com o fígado, basta ver os números dos partidos tidos como do centro democrático, estes foram os que mais elegeram prefeitos e vereadores”, afirma Bezerra.
“A terceira lição, e a mais importante ao meu ver, é que as abstenções, somada aos votos brancos e nulos, foram os grandes vencedores do pleito de 2024”, complementa.
De acordo com ele, vale refletirmos para esse fenômeno, que vem aumentando a cada eleição. “Os que se abstiveram de votar nesta eleição superaram as abstenções da eleição atípica de 2020, pois estávamos no auge da pandemia”, explica Bezerra.
“Então, é preciso fazermos a reflexão de que mais de um terço da população não compareceu às urnas. O que está acontecendo? É Descrença na política? Desgaste do sistema representativo? Convido todos à reflexão!”.
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