Com o intuito de reduzir a prevalência das infecções causadas por parasitas que atingem o intestino e diminuir o risco de expansão dessas doenças, chamadas de enteroparasitoses, equipes do Programa de Vigilância e Controle da Esquistossomose da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) de Maceió vêm intensificando as ações de campo em várias áreas da cidade.
Durante todo este mês, o trabalho dos agentes de endemias tem se concentrado no complexo habitacional que abrange os residenciais Vale Bentes 1 e 2, Oiticica e Alamedas do Farol, localizados na região do Benedito Bentes. Nesses locais, vêm sendo desenvolvidas ações de educação em saúde e serviços do laboratório de diagnóstico das enteroparasitoses.
Em cada uma dessas comunidades, as equipes têm promovido palestras educativas sobre as parasitoses intestinais – em especial sobre o causador da esquistossomose, o Schistosoma mansoni – medidas de prevenção e tratamento. As ações de campo – que incluem a entrega de panfletos com orientações e o esclarecimento de dúvidas dos moradores – acontecem sempre às quartas-feiras e, na próxima semana, terão continuidade nesses mesmos residenciais, a partir das 9h30.
“Como essas infecções são relacionadas à falta de saneamento básico e maus hábitos de higiene, temos feito visitas domiciliares levando orientações às comunidades, cadastrado novos moradores e realizado a coleta de amostras biológicas fecais para análise, facilitando o diagnóstico e tratamento de novos casos”, explica a agente de saúde e técnica do Laboratório de Enteroparasitoses da UVZ, Gleiciane Alves.
A enteroparasitoses ou verminoses são consideradas um problema de saúde pública. Em Maceió, a prevenção e controle dessas infecções do trato intestinal são trabalhadas de forma rotineira pelas equipes do Programa, mas ainda enfrentam alguma resistência da população na coleta das fezes para análise, pois muitas se sentem constrangidas em entregar esse tipo de material diretamente aos agentes de endemias.
Para contornar essa dificuldade, há a opção de levá-las para a UVZ, que recebe essas amostras para análise de segunda a sexta-feira, de 7h30 às 12h. Para que os usuários possam tirar dúvidas sobre exames e entregas de amostras, a Unidade de Vigilância de Zoonoses disponibiliza o contato (82) 3312-5576 (Opção 5 – Gerência de Entomologia).
“É importante destacar que sempre que um caso positivo para esquistossomose é detectado, o paciente é encaminhado para uma unidade básica de saúde do município, para ser monitorado pelas equipes de saúde e dar início ao tratamento, com toda medicação disponibilizada pelo SUS”, ressalta Gleiciane.
Sintomas das verminoses
Mal-estar, dores nas pernas e barriga, fraqueza, diarreia ou prisão de ventre, prostração e falta de apetite são alguns sintomas que podem indicar a presença de verminoses. Porém, há casos em que os sinais só se apresentam depois de muitos anos e podem ter sintomas agravados, como o aumento do baço, fígado e aparecimento de ascite, conhecida como “barriga d’água”.
Uma das verminoses mais perigosas é do gênero Schistossoma, que se instala nas veias do fígado e do intestino das pessoas doentes. As fezes de pessoas doentes contêm ovos com vermes e se essas pessoas fazem necessidades no chão, a chuva carrega os ovos para rios, lagos e valetas, que pode contaminar outras pessoas. A esquistossomose tem como hospedeiro intermediário o caramujo de água doce, que também conta com ações da UVZ para seu controle.
Fonte: Ascom SMS
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