Realizado em parceria com a Semudh e os Institutos Ghetto e Itaú, iniciativa visa o combate ao racismo
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) lançou nesta quarta-feira (8), no Centro de Inovação Tecnológica, em Jaraguá, o projeto Quilombo Educacional, com o objetivo de combater o racismo no ambiente escolar. A iniciativa é conta com a parceria da Secretaria de Estado da Mulher e Direitos Humanos (Semudh) e dos Institutos Ghetto e Itaú, importantes instituições de enfrentamento ao racismo.
O evento reuniu gestores escolares da rede estadual, estudantes, gerentes especiais de educação e convidados a fim de sensibilizar e mobilizar toda a comunidade escolar sobre a importância de se adotar uma postura antirracista dentro das unidades de ensino. A partir deste projeto serão intensificadas as práticas educacionais em promoção ao efetivo combate ao racismo nas escolas da rede estadual.
Durante sua apresentação, voltada a profissionais e estudantes, a secretária executiva do Desenvolvimento da Educação e Cooperação com os Municípios, Sueleide Duarte, que representou a secretária de Estado da Educação, Roseane Vasconcelos, fez questão de ressaltar a proposta de integralidade no ensino.
“Temos a preocupação de oferecer aos nossos estudantes uma educação integral que vai além do repasse de conteúdos e desenvolvimento de habilidades, mas que também envolve valores como respeito, ética e, principalmente, reflexão sobre questões que precisamos repensar e retomar o curso da sociedade em muitos aspectos. Por isto, educação antirracista é essencial, é urgente, precisa ser discutida e fazer parte da nossa formação”, enfatiza Sueleide.
No lançamento, Jonatas Silva, representante da pasta de Igualdade Racial da Semudh, destacou a importância da iniciativa. “Este projeto é fundamental para o estado de Alagoas. É um marco importante, para pensar práticas antirracistas dentro do ambiente escolar. A formação desta rede de gestores vai ser fundamental para gerar impacto social e, ao mesmo tempo, pensar em novas formas de educação e combate ao preconceito”, complementa.
A co-fundadora do Instituto Ghetto, Magda Gomes, também celebrou a parceria. “A partir do projeto, vamos discutir, ao longo de uma série de etapas, metodologias para erradicar o racismo nas escolas. Começa aqui em Alagoas e vai para vários estados do Brasil. O que a gente mensura é que, à medida que a gente consegue se aprofundar nas especificidades do racismo na escola e na vida daquele aluno, a gente entende que é uma semente de transformação na vida daquele aluno. Isso é Educação para além do título. Formar, além de bons alunos, também cidadãos, que saibam seus direitos e seus deveres”, pontua.
Fonte: Agência Alagoas
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