Propostas de reestruturação do MPAL apresentadas pelo PGJ Lean Araújo se tornam leis após sanção de Paulo Dantas


Após tratativas promovidas pelo procurador-geral de Justiça, Lean Araújo, o governador de Alagoas, Paulo Dantas, sancionou, nesta quarta-feira (18), dois projetos de interesse do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL). A cerimônia de assinatura das novas leis ocorreu no final da tarde, no Palácio República dos Palmares e contou com as presenças de procuradores de Justiça e secretários estaduais. 

A primeira lei trata da criação de dois cargos de procurador de Justiça, além de vagas para funções comissionadas e extinção de sete cargos de promotor de Justiça. “O aumento da quantidade de trabalho tem sido duramente suportado graças à automação das rotinas e ao aumento do quadro de servidores efetivos, fatores que evitaram o colapso institucional. E a situação não é diferente na segunda instância, cujos integrantes ocupam cargos de procurador de Justiça e atuam perante o Tribunal de Justiça, que aumentou o número de desembargadores e hoje conta com cinco Câmaras. As manifestações de segundo grau tornam-se cada vez mais numerosas e complexas, seguindo o fluxo crescente que se verifica no Poder Judiciário. Desse modo, a criação de dois cargos de procurador, com sua respectiva assessoria, mitigará sensivelmente tais questões e possibilitará uma distribuição uniforme de procuradores de Justiça em cada uma das quatro Câmaras Cíveis do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas. Por isso, queremos agradecer a sensibilidade de vossa excelência em entender as necessidades do Ministério Público e nos

permitir a reestruturação necessária”, declarou Lean Araújo.

E como forma de manter o equilíbrio orçamentário da instituição, o MPAL propôs a extinção de sete cargos de promotor de Justiça, correspondentes as promotorias de Justiça (PJ) desativadas pelo Colégio de Procuradores de Justiça: 10ª da Capital e de Messias e 57ª da Capital. Também não mais existirão a 5ª de Penedo, a 2ª de Murici, a 4ª de São Miguel dos Campos e a 5ª de Palmeira dos Índios, que nem chegaram a ser ativadas. A mesma lei ainda prevê a criação de dois cargos de chefe de gabinete, dois cargos de assessor de procurador de Justiça e outros dois de assistente de Procuradoria.

Verba indenizatória

A segunda medida faz referência ao pagamento de verba indenizatória aos membros e servidores do Ministério Público. “Do ponto de vista material, o texto apresentado reduz o valor máximo da verba indenizatória prevista na Lei Complementar nº 34, de 26 de julho de 2012, de 20% para 15%. Trata-se, em suma, de medida de austeridade fiscal. Por outro lado, a verba indenizatória passa a ser legalmente limitada pelo teto constitucional (subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal), com o fim de evitar interpretações divergentes”, argumentou o MPAL.

A aplicação do percentual, que poderá variar entre 2,5% e 15%, será baseada nas funções ora desempenhadas por promotores e procuradores de Justiça. É uma medida que objetiva proporcionar compensação financeira aqueles que assumem funções adicionais ou de maior responsabilidade. Para servidores, o percentual ficará entre 5% e 10% e valerá tanto para ocupantes de cargos em comissão quanto efetivos.

Ao falar sobre a sanção das duas leis, Paulo afirmou que essa foi a contribuição do Estado de Alagoas para o aperfeiçoamento das atividades da instituição. “À medida que o Governo de Alagoas cria um ambiente harmônico, junto aos outros poderes, a exemplo do Ministério Público, o pacto federativo e a democracia são fortalecidos. Sabemos que o MP é o guardião da nossa Constituição Estadual, da nossa Constituição Federal, que ele é uma instituição respeitada pela população do estado de Alagoas, uma instituição que tem credibilidade, que merece toda a atenção, respeito e consideração. Eu assino essas duas leis com muito entusiasmo e alegria, à medida que nós estamos possibilitando ao Ministério Público atuar ainda mais com efetividade, resolutividade, agilidade e eficiência”, disse o governador.

A reunião foi acompanhada pelo subprocurador-geral Administrativo Institucional, Walber Valente, pelocorregedor-geral do MPAL, Maurício Pitta, pelo ouvidor Eduardo Tavares, pelos procuradores de Justiça Hélder Jucá Denise Guimarães, pelo promotor de Justiça Max Martins, pelo secretário de Estado de Governo (Segov), Vitor Pereira e pelo secretário-chefe de Estado do Gabinete Civil, Felipe Cordeiro.

Fonte: MPAL

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