Prefeito JHC inaugura central de atendimento a moradores de bairros afetados por mineradora


Gestor também anunciou a inclusão de mais três áreas no programa de compensação financeira e apoio à realocação 

O prefeito JHC inaugurou, nesta terça-feira (4), o Centro de Acolhimento e Triagem (CAT) do Pinheiro. Um marco histórico no atendimento psicossocial da população realocada dos bairros afetados pela movimentação do solo, causada pela extração de sal-gema. Durante a solenidade, o prefeito reafirmou seu compromisso com os moradores das regiões atingidas e falou da importância do esforço coordenado e permanente das pastas.

“Esse centro será o divisor de águas na relação que a Prefeitura inicia, agora mais próxima dos moradores. Será fundamental para que a gente possa, num esforço coordenado e conjunto, entre a Prefeitura, as entidades que estão nos apoiando e os próprios moradores, garantir que eles tenham um local para buscar as informações corretas e o apoio que precisam”, disse JHC.

O gestor lembrou ainda que é preciso dar visibilidade ao caso e revelou que o Município vai lançar um site, em que os moradores vão poder baixar os laudos e procurar a Defesa Civil para começar todo o processo de compensação financeira feito pela Braskem.

JHC também anunciou a inclusão do Flexal de Baixo, Flexal de Cima e parte da rua Marquês de Abrantes, em Bebedouro, no mapa de linhas de ações prioritárias. As áreas vinham sendo monitoradas pela Defesa Civil e a inclusão foi determinada por conta do isolamento da população e não pela criticidade.

“Estive com o secretário Francisco Sales (de Governo) percorrendo essas áreas e vi a necessidade de adotar uma providência em relação àquelas pessoas que estavam vivendo no ilhamento social. Já não tinham mais acesso a equipamentos de saúde, supermercados, escolas, absolutamente nada. Por isso, depois de fazermos todos os estudos, decidimos ampliar o raio de atuação da Defesa Civil e de atendimento dessas famílias”, informou.

O vice-prefeito, Ronaldo Lessa, falou da atuação de JHC e disse que o gestor tem priorizado a questão humanitária, que se tornou os bairros atingidos pelo afundamento. “Você está sendo liderança”, afirmou.

O coordenador da Defesa Civil, Abelardo Nobre, fez uma explanação sobre o desastre geológico e explicou que, no mês de dezembro, 40% dos equipamentos públicos e comerciais deixaram a região do Flexal e da Marquês de Abrantes, causando o isolamento da população da área.

“Isso caracteriza um isolamento social e é prerrogativa legal da Defesa Civil reestabelecer a ordem social. E para isso é necessário incluir essas famílias também nesse programa de compensação financeira e apoio à realocação, porque foi a Braskem quem causou todo esse dano”, afirmou.

A estrutura do CAT conta com uma área com mais de 1500 metros quadrados. Nela, há três salas que deverão ser usadas para o atendimento psicossocial e três galpões que poderão ser usados como espaços de atendimento em caso de emergência envolvendo as áreas de risco dos bairros de Pinheiro, Bebedouro, Mutange, Bom Parto e parte do Farol. Na central, as pessoas vão dispor de assistentes sociais, psicólogos e psiquiatras.

Convênios serão firmados com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), para garantir assistência jurídica aos moradores, e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas (Crea-AL), para emissão de um contra laudo de avaliação dos imóveis. Atualmente esse serviço é feito exclusivamente por uma empresa contratada pela Braskem. Os presidentes da OAB, Nivaldo Jatobá, e a presidente do Crea, Rosa Tenório, estiveram na solenidade e reafirmaram ao prefeito JHC total apoio.

Fonte: Ascom/Mcaió

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