O VII Encontro Nacional das Equipes de Consultórios na Rua e de Rua do Brasil reuniu nos dias 3, 4 e 5 de setembro representantes de diversas entidades que atuam em prol da população em situação de rua, a exemplo do Ministério Público de Alagoas. No evento, os participantes puderam discutir os desafios no acesso aos serviços públicos de saúde.
“Ouvimos relatos sobre os imensos desafios de trabalhar a saúde de pessoas em situação de rua, notadamente diante da dificuldade de acesso aos demais serviços de saúde pública, face ao preconceito que essa população enfrenta”, destacou a promotora de Justiça Alexandra Beurlen, que tem atuação na área de Direitos Humanos em Maceió.
Preconceito
O evento contou com uma série de debates sobre questões relacionadas à saúde da população em situação de rua, a exemplo da saúde mental, luta antimanicomial, educação permanente, impactos do racismo na saúde, direitos das pessoas que gestam, entre outras.
“Um dos temas de extrema importância foi a cor da rua, já que a maior parte das pessoas em situação de rua é negra. Foi destacada também a maternidade de mulheres em situação de rua e a situação de pessoas LGBTQIAPN+ que estão na rua em razão da não aceitação de sua condição humana por suas famílias”, pontuou a promotora Alexandra.
Acompanhamento
Vale destacar que o Ministério Público de Alagoas vem acompanhando o trabalho desenvolvido pelo Consultório na Rua, em Maceió, tanto por meio de procedimento administrativo como através de visitas, a exemplo de ação realizada no dia 18 de julho em conjunto com a Defensoria Pública do Estado.
“A gente tem feito fiscalizações e acompanhamentos de visitas em todos esses
equipamentos da assistência social e da saúde que atendem a população em situação de rua para verificar quais políticas públicas faltam, quais políticas públicas são suficientes e quais políticas públicas existem, mas são ineficientes”, afirmou a promotora.
Atualmente, Maceió conta com seis equipes de saúde atuando no Consultório na Rua. Elas fazem atendimentos de segunda a sexta em pontos específicos da capital, ofertando serviçosde atenção básica de saúde.
Fonte: MPAL
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