Entrega oficial será no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, no próximo dia 20 de março
As estufas mantidas pela Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), voltadas para ensino, pesquisa e extensão, foram reconhecidas com o selo ODS Educação 2024, certificação concedida a instituições que desenvolvem projetos alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. A entrega oficial ocorrerá no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, no próximo dia 20 de março.
As unidades estão localizadas no Campus I, em Arapiraca; no Polo Agroalimentar de Arapiraca; no Campus II, em Santana do Ipanema; e no Campus III, em Palmeira dos Índios.
Segundo o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Uneal, Rubens Pessoa, as estufas desempenham um papel importante na formação acadêmica e no avanço das pesquisas. “Esses espaços permitem que a teoria aprendida em sala de aula seja colocada em prática, o que é essencial para o desenvolvimento das pesquisas e para a formação de profissionais qualificados”, afirma.
Ensino, pesquisa e extensão
Na execução das pesquisas, uma equipe multidisciplinar atua de forma integrada. Professores coordenam e supervisionam os projetos, pesquisadores contribuem com a aplicação de metodologias e uso de equipamentos, e estudantes participam ativamente da execução prática dos experimentos. Muitos desses alunos integram programas como o PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica) e o PIBITI (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação).
As estufas possibilitam estudos em botânica, ecologia, genética, fisiologia vegetal e disciplinas afins. Além de serem espaços de aprendizado para os estudantes de graduação, elas também recebem visitas de alunos da educação básica da rede pública e privada, promovendo a divulgação científica.
Tecnologia e práticas no cultivo
As pesquisas utilizam diferentes tecnologias para monitoramento e controle das culturas. No Campus I, em Arapiraca, o foco é em plantas ornamentais. No Polo Agroalimentar de Arapiraca, o sistema hidropônico foi implantado inicialmente para o cultivo de alface e, posteriormente, expandido para tomates cereja e plantas ornamentais, como a flor do deserto. No Campus II, em Santana do Ipanema, o foco é na produção de espécies nativas da caatinga. E no Campus III, em Palmeira dos Índios, as pesquisas são voltadas para o cultivo de plantas medicinais.
O sistema automatizado de irrigação funciona por meio de timers programados, garantindo a distribuição eficiente da água. Equipamentos como clorofilômetros, que medem os índices de clorofila das plantas, e higrômetros, que monitoram a umidade do solo, são usados para acompanhar o desenvolvimento das culturas.
Para controle climático, a estrutura das estufas conta com sombrite, uma tela de sombreamento que reduz 50% da radiação solar, ajudando a manter a temperatura mais estável e protegendo as plantas do excesso de calor.
Sustentabilidade e impacto ambiental
As estufas adotam práticas voltadas para a sustentabilidade, como o reaproveitamento de água na hidroponia e a captação de água da chuva, reduzindo a necessidade de consumo de água potável. O cultivo é realizado sem agrotóxicos, permitindo a produção de alimentos mais saudáveis e de origem local.
Os sistemas de irrigação automatizados evitam o desperdício de água, enquanto a reciclagem de nutrientes no cultivo hidropônico otimiza o uso de recursos naturais. Essas práticas contribuem para a redução do uso de insumos químicos e para a diminuição da emissão de gases de efeito estufa, alinhando-se às diretrizes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para a promoção da agricultura sustentável.
Parcerias e disseminação do conhecimento
A Uneal mantém parceria com o Polo Agroalimentar de Arapiraca, que oferece suporte técnico e infraestrutura para o desenvolvimento das pesquisas. O conhecimento gerado é compartilhado por meio de artigos científicos publicados em revistas especializadas, apresentações em congressos e eventos acadêmicos.
Os resultados obtidos nos experimentos também são divulgados em palestras, resumos e banners apresentados em eventos científicos, permitindo que estudantes e profissionais da área tenham acesso às metodologias aplicadas e aos avanços alcançados nos projetos.
Expansão e novas tecnologias
A universidade pretende expandir as atividades nas estufas e incorporar novas tecnologias para aprimorar as pesquisas. Entre os planos estão a diversificação dos cultivos e o aperfeiçoamento dos sistemas de controle climático e irrigação automatizada.
Essas iniciativas seguem as diretrizes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que busca incentivar a agricultura sustentável, a redução do uso de agrotóxicos e a diminuição da emissão de gases de efeito estufa.
Fonte: Agência Alagoas
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