O prefeito de Maragogi, Dani da Elba, vive um início de gestão turbulento, marcado por perseguições políticas, rompimentos inesperados e descumprimento de acordos firmados ainda no período eleitoral. A instabilidade gerada tem causado desgaste na base de apoio e levantado dúvidas sobre a maturidade política do gestor.
Logo em janeiro, o prefeito rompeu com Sérgio Lira, seu principal aliado e o maior responsável por sua eleição. A decisão surpreendeu a classe política local e abriu a série de crises que viriam a seguir. Em seguida, vários ex-secretários e lideranças que se empenharam fortemente em sua campanha não foram contemplados em cargos no governo, alimentando um clima de frustração e ingratidão.
No final de junho, a situação se agravou com o rompimento do prefeito com o Jovem Davi Cavalcante. Oficialmente anunciado como “decisão em comum acordo”, o episódio foi interpretado como perseguição política, já que Davi manteve de forma honrada o apoio ao deputado Ronaldo Medeiros, com quem havia firmado compromisso.
Já em setembro, o alvo foi o pastor Ednilson Barbosa, uma das maiores lideranças políticas e religiosas de Maragogi. Em reunião, Dani da Elba cobrou que o pastor apoiasse seus candidatos, mas, diante da recusa, rompeu a aliança. Ednilson, respaldado por seu capital político e caráter, manteve o apoio ao deputado Mesaque Padilha.
Ainda no mesmo mês, outro episódio de retaliação ganhou repercussão: a então secretária da Mulher, Alcyone Pinto, foi afastada do cargo e rebaixada a uma função menor após resistir às pressões políticas do prefeito e manter apoio à deputada Gabi Gonçalves.
Esses episódios consolidam a percepção de que a gestão de Dani da Elba é marcada por perseguição intensa, quebra de acordos e imaturidade política. Resta saber quantas alianças ainda serão desfeitas — e quem será o próximo alvo: Arthur Lira ou JHC?
Ou quem sabe ambos?
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