Alagoas marcará presença no Encontro dos Cocos do Nordeste, que acontece entre os dias 13 e 15 de dezembro, no município do Conde, na Paraíba. O evento, organizado pelo Iphan, Governo da Paraíba e Coletivo Jaraguá, conta com o apoio do Governo de Alagoas, através da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), e reunirá mestres e grupos para compartilhar saberes, fortalecer a preservação da cultura e celebrar uma das manifestações mais ricas do patrimônio cultural nordestino.
O Coco de Roda, expressão cultural que combina música, dança e poesia, tem profundas raízes em Alagoas, onde se reflete na tradição de diversas comunidades. Com origens ligadas às culturas afro-indígenas e à história da resistência cultural, o Coco é símbolo de identidade e celebração.
Mobilização
O Encontro dos Cocos do Nordeste acontece em um momento fundamental para o registro do Coco de Roda como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. Sob a coordenação do Coletivo Jaraguá, que lidera o processo técnico junto ao Iphan (Processo IPHAN/SEI: 01408.000146/2023-30), o evento busca engajar mestres e grupos em todas as fases do registro e nas futuras ações de salvaguarda.
Em Alagoas, o mapeamento realizado pelo Coletivo Jaraguá identificou 71 grupos e mestres de Coco, dos quais 53 seguem em atividade. “Esse processo de registro não é apenas técnico, mas uma oportunidade de reconhecer e valorizar quem mantém essa tradição viva. São os mestres e os grupos que dão alma ao Coco de Roda”, destacou a secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa, Mellina Freitas.
Além do Encontro, o Coletivo Jaraguá promove reuniões estaduais de mobilização em todo o Nordeste, fomentando o engajamento dos grupos e fortalecendo a luta coletiva pela preservação do Coco. O trabalho realizado em Alagoas é um exemplo de como a união entre Estado, mestres e coletivos pode transformar a preservação cultural em uma verdadeira força social.
“O Coco de Roda é símbolo da força cultural alagoana. O nosso compromisso é garantir que essa riqueza não apenas seja reconhecida, mas também celebrada pelas próximas gerações”, reforçou Mellina Freitas.
Fonte: Agência Alagoas
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