Mais de 40 jovens, adultas e idosas da capital e Região Metropolitana participaram da formação, que teve duração de três meses
As mãos já acostumadas a lutar contra as adversidades do dia a dia aprenderam a arte de erradicar as duras dores da rotina. Agora, com o novo conhecimento, elas estão renovadas de esperança para construir seus próprios destinos. Essa é a nova realidade vivida pelas mais de 40 mulheres alunas do Curso de Massoterapia promovido pela Semudh, que chegou ao fim na última terça (19).
Ao decorrer dos últimos três meses, o auditório da Central de Direitos Humanos foi o lar do aprendizado, da troca de experiências e do afeto, que marcaram as aulas. Além da transmissão das técnicas necessárias para o desenvolvimento da prática terapêutica por meio da massagem, os momentos também tiveram como objetivo exercitar nas alunas o bem-estar e o amor próprio.
A ação foi possível através de uma parceria junto ao Instituto Agda Bianco, que é uma referência na massoterapia. Participaram do curso jovens, adultas e idosas da capital e Região Metropolitana, além de mulheres atendidas pelo CEAM (Centro Especializado de Atendimento à Mulher).
O objetivo da formação foi criar fontes de renda e, assim, estimular a independência financeira. Portanto, a iniciativa visa promover a erradicação do desemprego na população feminina, garantir dignidade e propiciar meios para a mulher em situação de violência alcançar autonomia para romper o ciclo de opressão.
“Trabalhamos para fazer com que as nossas mulheres sejam protagonistas de suas próprias histórias. Com isso, a oferta de cursos como estes são extremamente importantes para que as mulheres tenham acesso a ferramentas que as possibilitem alcançar sua autonomia e, assim, construir seu próprio destino”, explicou a secretária de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos, Maria Silva.
Propósito
Durante o período de inscrições, mais de 100 postulantes demonstraram o interesse de fazer parte da turma. O curso superou as expectativas de todas as escolhidas que participaram de todas as atividades, onde foi além do ensino da massoterapia, criou laços e marcou a vida de participantes.
Uma delas foi Lúcia Buique, de 58 anos, que classificou o período como impactante. “Eu vou levar pro resto da minha vida”, disse. Ela também afirmou que sempre fez questão de nunca faltar, mas chegou a perder uma aula devido a um procedimento cirúrgico, chegou a dizer que foi o curso mais importante que fez em toda a sua vida.
Lúcia também explicou que espera fazer da massoterapia não só uma fonte de renda, mas, além disso, um propósito. “Eu não quero só aprender e deixar de lado. Quero trabalhar e aprender mais, porque não podemos parar aqui. Sempre tem mais e é o que eu quero”, externou.
Ressignificando caminhos
As aulas foram ministradas por Agda Bianco, idealizadora do instituto e massoterapeuta master. Mesmo com toda a experiência adquirida com atendimentos e outros cursos, ela explica que cada vivência traz um aprendizado diferente e com a turma unida pela Semudh não foi diferente.
Agda também afirma que, depois do contato com a turma, aprendeu a encarar de forma diferente as suas próprias adversidades e que, apesar das particularidades de cada um, sempre tem o que se aprender com o próximo. “Todas nós temos as nossas dificuldades, todas estamos tentando ser felizes. E, ao passo em que fui ouvindo histórias (das alunas), fui tentando ressignificar junto a elas essas histórias”, explicou.
Por fim, ela externa que se sentiu uma importante liderança ao perceber que o curso que ela ministrou tem o poder de transformar as vidas de suas alunas.
“Eu vi a mudança que elas querem ter e estão começando a trilhar para ter. O potencial dessas mulheres é incrível e elas têm o poder de fazer com que elas retornem a qualquer situação e possam crescer mais e mais a cada dia, a cada experimento”.
Fonte: Agência Alagoas
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